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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Encontro no Centro Cultural São Paulo discute o papel da cultura na preservação do Planeta

ECOação cultural: sustentabilidade e cultura

Dias 25 e 26 de novembro

Algumas das mais representativas instituições culturais que atuam no País movimentaram-se no sentido de pensar o papel da cultura frente aos impasses da questão ambiental. O Centro Cultural São Paulo participou ativamente e promoveu várias conferências e workshops junto às instituições culturais integradas ao Culture Futures Group (British Council, Crie Futuros, Instituto Cultural da Dinamarca, Centro Cultural da Espanha em São Paulo, Goethe-Institut). Este grupo, criado em 2009, tem como objetivo construir alianças no setor cultural, propondo a criação conjunta de uma estratégia de sustentabilidade até o ano 2050. Para isso, tem atuado em diversas cidades globais visando a acelerar o debate sobre cultura e sustentabilidade e promover a criação de uma rede transnacional.

Em 2011, o Centro Cultural São Paulo cria a plataforma ECOação Cultural, que tem como parceiros as instituições participantes do Culture Futures, além de novos atores que foram integrados ao processo: Virada Sustentável, Instituto Italiano de Cultura, Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura da Paz (UMAPAZ). Assim, a plataforma ECOação Cultural foi criada com o objetivo de pesquisar e adotar medidas práticas que contribuam para combater as alterações climáticas, bem como atuar em prol de mudanças de comportamento e de valores, em direção a uma sociedade cultural e economicamente sustentável.

Nos dias 25 e 26 de novembro, o CCSP realiza uma rodada de conversas com a participação de diversas instituições que pretendem discutir a adoção de medidas que contribuam para minorar os efeitos negativos da ação do homem sobre o meio ambiente, além de formas sustentáveis de organização artística, cultural e social. Entendendo sustentabilidade de forma ampla e integrada, convidamos para este ciclo setores da economia criativa e iniciativas culturais e artísticas que levem em consideração o compartilhamento de recursos e a atuação junto à sociedade.

O evento é dirigido a representantes de instituições culturais, artistas, gestores culturais, profissionais das artes do espetáculo e estudantes, além de interessados em geral. O encontro será no Centro Cultural São Paulo – Espaço Cênico Tarsila do Amaral, com entrada franca, sem necessidade de inscrição ou retirada de ingressos.

PROGRAMAÇÃO:

dia 25/11 – sexta

das 10h às 13h

Experiências artísticas em cidades

Exemplos de festivais que se estruturam de maneira sustentável, envolvendo grande número de eventos e pessoas; as soluções adotadas pelas organizações.

com: Faith Liddell (diretora dos Festivais de Edimburgo, Reino Unido), André Soares (Festival BOOM, Idanha-a-Nova, Portugal) e André Palhano (Virada Sustentável, São Paulo, Brasil)

mediação: José Mauro Gnaspini (Coordenador de Programação da Secretaria

Municipal de São Paulo e curador da Virada Cultural)

das 14h às 17h

Ações concretas para a criação de uma plataforma de sustentabilidade

Como instituições culturais podem comunicar a preocupação com a questão ambiental de forma convincente e contribuir para uma mudança de mentalidade?

Medidas práticas que podem ser adotadas.

com: Bernd Scherer (Casa das Culturas do Mundo, Berlim, Alemanha), Gláucia Terreo (Global Reporting Iniciative – GRI, Brasil) e Demétrio Portugal (Matilha Cultural, São Paulo, BR)

mediação: Jana Binder (Goethe-Institut – diretora do Departamento Cultural em São Paulo e para a América do Sul)

dia 26/11 – sábado

das 10h às 13h

Economia Criativa – Valores intangíveis e novos modelos de negócios

A criatividade em música, cinema, moda, design, novas mídias, entre outros setores da chamada economia criativa, pode gerar dinâmicas econômicas, sociais e culturais sustentáveis, possibilitando maior autonomia criativa num sistema multiplicador de possibilidades de emprego e de desenvolvimento econômico e social. Como associar a produção cultural – que é essencialmente intangível – à lógica da sustentabilidade?

com: Daniel Domeneghetti (especialista em Estratégia Corporativa e Gestão de Ativos Intangíveis), Aron Belinky (especialista em Responsabilidade Social e Sustentabilidade Socioambiental) e Júlia Forlani (Enthusiasmo Cultural)

mediação: André Palhano (Virada Sustentável)

das 14h às 17h

Estética da sustentabilidade

Redes de criação artística; estruturas colaborativas de financiamento; processos de produção, difusão, compartilhamento de recursos e atuação junto à comunidade que têm como efeito a otimização de propostas e projetos artísticos e a democratização do acesso à cultura. As novas formas de associação levam à inovação da linguagem artística?com: Luís Otávio Ribeiro (Site Catarse, Brasil), Miguel Rodriguez (Grupo Basumura, Espanha) e Pablo Capilé (Circuito Fora do Eixo, Brasil)

mediação: Ana Maria Rebouças (Curadoria Interdisciplinar do CCSP)

PARTICIPANTES:

Faith Liddell

Diretora dos Festivais de Edimburgo, Reino Unido, desde 2007. Ao longo de sua carreira, tem trabalhado em postos estratégicos, impulsionando iniciativas criativas em artes cênicas, literatura, música, cinema e artes visuais. Nos últimos quinze anos, tem se concentrado no desenvolvimento de festivais. A organização Festivais de Edimburgo, fundada em 2007, reúne os doze maiores eventos de Edimburgo. A organização opera nas seguintes áreas estratégicas:

marketing colaborativo, programação, inovação, sustentabilidade ambiental, desenvolvimento profissional e captação de recursos.

André Soares

Desde 2006 é o responsável pela sustentabilidade do Boom Festival, grande evento sustentável em Idanha-a-Nova, Portugal, procurando responder ao desafio com práticas ecológicas e novas tecnologias. Atualmente o festival é tido como um caso de sucesso, tendo recebido várias distinções, incluindo os prêmios europeus Green Festival e Green and Clean Festival. Especialista em permacultura, estudou e trabalhou durante oito anos na Austrália. É diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do Ecocentro Ipec (Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado), em Pirenópolis, Goiás.

André Palhano

Jornalista, é organizador da Virada Sustentável em São Paulo, Brasil, uma campanha de conscientização que utiliza a arte e o lúdico como principais ferramentas. Na primeira edição, realizada em junho passado, reuniu 482 atrações e atividades distribuídas em 78 espaços da capital, envolvendo organizações da sociedade civil, artistas, empresas e órgãos de governo.

Bernd Scherer

Diretor da Casa das Culturas do Mundo, Berlim, Alemanha, um centro na liderança das artes contemporâneas e um espaço para projetos que rompem as fronteiras artísticas. Apresenta produções artísticas de várias partes do mundo, com foco especial em culturas e sociedades não europeias, em um programa interdisciplinar. Em cooperação com artistas e especialistas, o espaço oferece aos visitantes oportunidades de debater questões sobre nossa época: o tipo de futuro que queremos para viver e como podemos criar nosso mundo de forma mais inteligente, e também mais poética. Scherer é doutor em Filosofia pela Universidade des Saarlandes e autor de vários livros sobre estética e intercâmbio cultural internacional.

Glaucia Terreo

Coordenadora das atividades da Global Reporting Iniciative (GRI) no Brasil desde janeiro de 2007, tem como uma de suas principais funções a disseminação das Diretrizes para Relatórios de Sustentabilidade da GRI. A GRI é uma organização não governamental, com sede em Amsterdã, criada em 1997 por uma coalizão de gestores de fundos de investimento socialmente responsável para orientar a tomada de decisão de investidores e analistas do mercado de capitais. Alinhado com o Pacto Global (ONU) e o índice de sustentabilidade (ISE), o modelo já é adotado por cerca de duas mil corporações no mundo e 200 no Brasil. Gláucia Terreo iniciou sua atuação na área de Responsabilidade Social Empresarial em 2001, quando ingressou no Instituto Ethos.

Demétrio Portugal

Curador e diretor de projetos da Matilha Cultural (www.matilhacultural.com.br), centro que divulga produções e iniciativas socioambientais gratuitamente, entre eles o evento Setembro Verde, e adota medidas que promovem a sustentabilidade do espaço. É diretor geral e de criação da revista naOrelha, a primeira revista online brasileira de conteúdo sonoro. Editado em parceria com o Uol, o site forma uma biblioteca multimídia única para divulgação da produção musical brasileira no mundo todo.

Daniel Domeneghetti

Especialista em estratégia corporativa, top management consulting e gestão de ativos intangíveis, é sócio do Grupo ECC e CEO da DOM Strategy Partners, butique de consultoria 100% nacional especializada em estratégia corporativa e gestão de ativos intangíveis; responsável pela formulação e pela modelagem da Metodologia IAM (Intangible Assets Management), pelo PIB (Prêmio Intangíveis Brasil), pelo Reputation Index e pelos principais cases de gestão de ativos intangíveis para as 1000 maiores empresas do País. Também é sócio-fundador da E-Consulting Corp., empresa líder em consultoria para TI, Internet, Redes Sociais, Mídia, Telecom e Contact Center, atual presidente do Instituto Titãs do Conhecimento e comanager da empresa de investimentos InVentures Participações. É coautor do livro Ativos Intangíveis, o Real Valor das Empresas (4ª. Ed), pela Editora Campus Elsevier.

Aron Belinky

Consultor, especialista em Responsabilidade Social e Sustentabilidade Socioambiental, tem formação em Geografia pela USP e Administração Pública pela FGV-SP. Participou da fundação da SOS Mata Atlântica e da Pró-Jureia, que dirigiu entre 1986 e 1991. Como vice-presidente da ABRAVA – Associação Brasileira das Empresas de Ar-condicionado e Refrigeração – foi responsável pela representação do setor na Conferência Mundial Rio-92, na negociação do processo de implantação do Protocolo de Montreal no Brasil e na criação da primeira iniciativa brasileira para reciclagem de CFCs. Atua como Consultor de Pesquisas e Métricas do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente. Foi responsável por diversos projetos e pesquisas sobre comportamento do consumidor; coordenou e implantou inicialmente o movimento Cuide – Consuma sem consumir o mundo em que você vive; produziu a série temática Consumo Consciente do Dinheiro e do Crédito e desenvolveu o Centro de Referência Akatu pelo Consumo Consciente.

Júlia Forlani

Formada em Relações Internacionais pela PUC-SP. Em 2001, fundou o ISPIS (Instituto de Sincronicidade para Interação Social), organização com foco em educação para sustentabilidade. Desde 1999, engaja-se em processos políticos, culturais, de democracia participativa e transformação social. Na Ashoka, empreendedores sociais, trabalhou no desenho e na adaptação dos programas globais Geração MudaMundo e Changemakers à realidade brasileira. Atualmente, junto com Lala Deheinzelin, na Enthusiasmo Cultural, atua nos temas de inovação social, sustentabilidade, economia criativa, futuro e cooperação Sul-Sul.

Pablo Capilé

Circuito Fora do Eixo, rede de trabalhos concebida por produtores culturais das regiões Centro-oeste, Norte e Sul no final de 2005 que queriam estimular a circulação de bandas, o intercâmbio de tecnologia de produção e o escoamento de produtos nesta rota desde então batizada de Circuito Fora do Eixo. As iniciativas do grupo se proliferavam em toda a rede, mostrando ser possível produzir em escala autossustentável. Hoje o Circuito Fora do Eixo está em 25, das 27 unidades federativas do Brasil.

Luís Otávio Ribeiro

O site Catarse (www.catarse.me) é a primeira plataforma de crowdfunding voltada à área artística no Brasil. Este modelo de financiamento viabilizado pela multidão, como a tradução do termo sugere, permite que indivíduos ou empresas produzam seus projetos através da colaboração e do compartilhamento de recursos, a partir do interesse público.

Miguel Rodriguez

O Coletivo Basurama (em espanhol, amor pelo lixo) é dedicado à pesquisa, produção e gestão cultural. Desde 2001, tem centrado sua área de estudo e atuação nos processos contemporâneos de produção, geração de lixo e suas possibilidades criativas. Percorreu o continente americano usando os resíduos como matéria-prima para transformar o espaço público e criar redes de colaboração entreagentes de Miami, Lima, São Paulo, Buenos Aires, Montevidéu, La Paz, Assunção, México DF, Guatemala e outros. Depois de dez anos de trabalho, procura abandonar o conceito negativo do lixo para convertê-lo numa fonte inesgotável de recursos para a criação e o desenvolvimento das comunidades.

SERVIÇO:

ECOação cultural: sustentabilidade e cultura

Dias 25 e 26 de novembro, das 10h às 13h e das 14h às 17h

Público: representantes de instituições culturais, artistas, gestores

culturais, profissionais das artes do espetáculo e estudantes, além de

interessados em geral

Centro Cultural São Paulo – Espaço Cênico Tarsila do Amaral

Entrada franca, sem necessidade de inscrição ou retirada de ingressos

Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso (junto à estação Vergueiro do Metrô)

Informações ao público: 11 3397-4002


Realização: Centro Cultural São Paulo, ECOação CULTURAL – British Council, Centro Cultural da Espanha/AECID, Crie Futuros, CultureIFutures, Goethe-Institut, Instituto Cultural da Dinamarca, Instituto Cultural Italiano, Virada Sustentável, Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura da Paz (UMAPAZ)

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