Brasília receberá o 2° Congresso Brasileiro de Pesquisa em Pinhão-manso nos dias 29 e 30 de novembro, promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parceria com a Embrapa Agroenergia e a Associação Brasileira dos Produtores de Pinhão-manso (ABPPM).
O evento possibilitará a troca de experiências, acompanhamento das pesquisas desenvolvidas em todo o país e as oportunidades que o setor privado vislumbra para os próximos anos. De acordo com um dos presidentes do Congresso, Denilson Ferreira, o evento é uma resposta à necessidade de investimento, pesquisa, desenvolvimento e inovação do pinhão manso. “É uma espécie que carece de domínio tecnológico”, esclarece.
O Brasil tem experimentos de pesquisas governamentais e privados em aproximadamente 30 mil hectares em vários estados. O pinhão manso é uma espécie com grande capacidade de produção de óleo e pode garantir matéria-prima para o mercado de biocombustível. O óleo de pinhão-manso pode ser utilizado na indústria oleoquímica e na de biocombustível.
Workshop
No dia 1º de dezembro, está previsto o Workshop PanAmericano de Sustentabilidade nos Plantios de Pinhão-manso, na Embrapa Cerrados. Na parte da manhã, serão realizadas apresentações dos principais especialistas sobre sustentabilidade nos plantios de pinhão manso para o estabelecimento de um sistema de produção que atenda às exigências de sustentabilidade do mercado global. No período da tarde, está programada um dia de campo onde o produtor poderá conhecer os resultados do processo de domesticação da cultura.
Os organizadores do evento esperam um público de 250 participantes, entre pesquisadores, técnicos, professores, representantes governamentais, produtores, extensionistas, empresários e estudantes, que vão debater os avanços científicos da cultura nas áreas de melhoramento genético, sistema de produção, mecanização, sustentabilidade, produção de biocombustíveis, agricultura familiar e políticas públicas.
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O pinhão-manso (Jatropha Curcas L.) é uma oleaginosa rica em óleo, da família das Euphorbiaceas, que pode ser produzida em diversas partes do Brasil. Apresenta características distintas das demais oleaginosas utilizadas na fabricação de biodiesel.
Pesquisas preliminares apontam que a cultura pode alcançar alta produtividade de óleo por unidade de área cultivada. O pinhão-manso não pode ser utilizado na alimentação humana. Estes fatores importantes são apresentados por diversos países nos fóruns internacionais sobre sustentabilidade dos biocombustíveis que defendem o uso de pinhão-manso para este fim.
Atualmente, a aviação comercial vem testando o óleo de pinhão manso como matéria para a fabricação de bioquerosene, substituto renovável para o querosene de aviação, por possuir um baixo ponto de fusão, fator determinante para utilização no setor.
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