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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Amazônia tem dois dos três estados com maior incidência de AIDS

A ligeira queda na taxa de incidência da Aids na Amazônia não adiantou para diminuir os números da doença na região. No ranking do Boletim Epidemiológico Aids/DST 2011, divulgado nesta segunda-feira (28) pelo Ministério da Saúde, Amazonas e Roraima aparecem entre os três estados com maior número de casos da doença, atrás apenas do Rio Grande do Sul.

Na região Norte, o número de casos notificados em cada grupo de 100 mil pessoas caiu de 21,9 em 2009 para 20,6 em 2010. Acre e Tocantins apresentaram as menores taxas de incidência da doença em 2010 entre as 27 unidades da federação: 7,2 e 9,5 respectivamente. Na outra ponta das estatísticas, Roraima aparece com 35,7 e o Amazonas com 30.9.

No ranking dos dez estados em registros dos casos aparecem também o Pará (19.5), na sétima posição, e Mato Grosso (17.4), na décima. Entre as 15 maiores incidências são citadas ainda os estados de Amapá e Rondônia, com as 11ª e 13ª mais expressivas estatísticas da doença.


De acordo com o Boletim, a prevalência (estimativa de pessoas infectadas pelo HIV) da doença permanece estável em cerca de 0,6% da população, enquanto a incidência (novos casos notificados) teve leve redução de 18.8/100 mil habitantes em 2009 para 17,9/100 mil habitantes em 2010.

Em alguns grupos, o avanço no combate à epidemia é mais marcante. Entre os menores de cinco anos de idade, casos relacionados à transmissão vertical, ou seja, da mãe para o bebê durante a gravidez, o parto ou pelo leite materno, a taxa de incidência (número de casos por 100 mil habitantes), caiu 41% de 1998 a 2010.

Em relação à taxa de mortalidade, o Boletim também sinaliza queda. Em 12 anos, a taxa de incidência baixou de 7,6 para 6,3 a cada 100 mil pessoas. A queda foi de 17%.

O boletim, no entanto, chama a atenção para públicos específicos, que têm tido comportamento diverso e ampliado o número de casos. Ao longo dos últimos 12 anos, a porcentagem de casos na população de 15 a 24 anos caiu. Já entre os gays a mesma faixa houve aumento de 10,1% entre os gays da mesma faixa. No ano passado, para cada 16 homossexuais dessa faixa etária vivendo com aids, havia 10 heterossexuais. Essa relação, em 1998, era de 12 para 10.

Na população de 15 a 24 anos, entre 1980 e 2011, foram diagnosticados 66.698 casos de aids, sendo 38.045 no sexo masculino (57%) e 28.648 no sexo feminino (43%). O total equivale a 11% do total de casos de aids notificados no Brasil desde o início da epidemia ocorre entre jovens.


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