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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Entreposto comercial vai reduzir custos logísticos de Belo Monte

Entreposto comercial vai reduzir custos logísticos de Belo Monte




A instalação de um entreposto comercial próximo ao canteiro de obras da hidrelétrica de Belo Monte vai permitir a redução de custos logísticos da usina, além de otimizar a participação de fornecedores locais no projeto, internalizar mais recursos na região e reduzir a pressão populacional sobre as cidades de Altamira e Vitória do Xingu. Empresários de Altamira, maior pólo urbano e comercial da região, estão se mobilizando para instalar uma vila comercial próxima às obras.

De acordo com Vilmar Soares, coordenador do Fórum Regional de Desenvolvimento Econômico e Socioambiental da Transamazônica e Xingu (FORT Xingu), o objetivo da vila é garantir uma maior proximidade dos fornecedores locais do projeto, reduzindo custos, otimizando os lucros das empresas locais e gerando mais desenvolvimento. Segundo o empresário, hoje já existem mais de 1.000 empresas cadastradas para se instalarem no local.

A maioria das empresas que está atendendo a construção de Belo Monte se instala na cidade de Altamira, que fica a cerca de 60 quilômetros das obras. Como os produtos que abastecem estas empresas chegam pela Transamazônica, eles têm que chegar a Altamira para, só depois, retornar ao canteiro de obras, impondo um trajeto desnecessário de pelo menos 120 quilômetros. Com o entreposto, os produtos destinados à obra não precisariam chegar a Altamira, ficando nas filiais das empresas instaladas na vila.

Além da óbvia economia com transporte, a medida vai desafogar o tráfego de veículos entre a cidade de Altamira e as obras, reduzindo também a poluição provocada por estes veículos (principalmente caminhões) e conseqüentemente as emissões de carbono do projeto. As empresas também terão condições de atender mais rapidamente as demandas da construção da usina, permitindo significativa redução no tempo de duração do projeto e conseqüente redução de custos financeiros.

Outro fator positivo com a criação da vila, na avaliação de Vilmar Soares, é que haverá uma redução da pressão populacional sobre a cidade de Altamira, que já sofre com o aumento do fluxo de pessoas. “Hoje vivemos uma verdadeira explosão imobiliária, trânsito pesado e caótico. Já está ficando difícil achar pontos comerciais e até lugar para estacionar em Altamira. Com um entreposto comercial, esta pressão pode ser evitada, pois reduzirá o fluxo de pessoas na cidade”, explica o empresário.
O projeto do setor empresarial é construir uma vila com total infraestrutura, urbanizada, com arruamentos, pavimentação, calçamento, abastecimento de água, energia elétrica e que atenda as necessidades do comércio. A vila também servirá para a construção de residências para pessoas que vão trabalhar na obra e que precisam estar mais próximas do canteiro de obras, e passará por todos os processos de legalização exigidos pelas autoridades competentes. “Já conversamos com o Ibama e com o Ministério Público Federal, para garantir o máximo de transparência no processo”, finaliza Vilmar

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