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sábado, 13 de agosto de 2011

Trocar lâmpada incandescente pela eletrônica gera economia anual de quase R$ 200

Conseguir poupar R$ 13,20 por ano com a troca de uma lâmpada incandescente por outra eletrônica não lhe parece muita coisa?

Conseguir poupar R$ 13,20 por ano com a troca de uma lâmpada incandescente por outra eletrônica não lhe parece muita coisa? Pois saiba que, somando todas as lâmpadas de uma casa com dois quartos, sala, banheiro, cozinha e dependência de empregada, a economia anual chega a R$ 198.  Os dados fazem parte de uma série de testes que a ProTeste - Associação de Consumidores realizou com sete marcas de lâmpadas eletrônicas e outras quatro incandescentes.  O principal ponto que a entidade verificou é que, para ter sucesso na troca - e o brasileiro terá de trocar, já que, até 2016, as lâmpadas incandescentes deixarão de ser vendidas no País -, não basta adquirir qualquer produto no supermercado. Então, veja os resultados apurados pela pesquisa para o bem-estar do seu bolso.

Incandescentes

Um quarto das amostras da Sylvania apresentou fluxo luminoso menor do que o mínimo exigido pela norma técnica. A GE, por sua vez, apresentou problemas entre a potência declarada e a medida em laboratório: metade de sua amostra tinha potência maior do que a máxima permitida.As outras duas marcas analisadas foram a Philips e a Osram, sendo que a ProTeste recomenda a compra deste última. "Apesar do alto consumo, pode ser usada para deixar o ambiente mais quente e aconchegante", diz a entidade.

Eletrônicas

A Philips e a Taschibra têm uma depreciação de fluxo luminoso acima do permitido, fazendo com que percam luminosidade muito rapidamente. A Philips, inclusive, produz menos luminosidade do que declara, desrespeitando o limite imposto pela norma técnica.A GE, por sua vez, não deveria ter o selo Procel, pois a certificação indica que o produto é um dos mais eficientes da categoria, só que, segundo a avaliação da ProTeste, ele tem uma depreciação maior do que o limite estabelecido para a obtenção do selo.  Outra que não se saiu bem nos testes foi a Golden, que apresentou uma depreciação de luminosidade próxima do limite máximo, além de possuir eficiência e fluxo luminoso baixos.

As marcas recomendadas pela ProTeste são a FLC, que produz o fluxo luminoso mais intenso e consegue mantê-lo, e a Osram, a que menos perde luminosidade e é um pouco mais econômica.

Ponto positivo: segurança!

Ainda de acordo com a entidade, os testes não encontraram problemas de segurança. Todas as marcas avaliadas não oferecem risco de choque elétrico nem têm problemas de isolamento, intercambialidade, resistência à torção ou ao toque.

Dicas para aquisição das eletrônicas

Jogo de cores: as lâmpadas eletrônicas testadas pela entidade produzem apenas luz branca. Porém, se o consumidor preferir o efeito amarelado das incandescentes, há eletrônicas com esse tipo de iluminação. "Fique atento à embalagem para saber qual tipo está comprando", alerta a ProTeste.

Potência quando o consumidor lê na embalagem de uma lâmpada eletrônica que ela tem potência de 25 W, isso equivale a 100 W de uma lâmpada incandescente, em termos de luminosidade.

Fluxo luminoso no momento em que o consumidor for adquirir uma lâmpada eletrônica, além da potência, ele deve observar o valor do fluxo luminoso: quanto maior, mais luz ela oferece.

Eficiência é obtida ao se dividir o quanto a lâmpada consome de energia pela quantidade de luz produzida. Para a norma brasileira, lâmpada eletrônica eficiente obtém 50% como resultado.

A resposta das fabricantes

Todas as companhias que sofreram críticas da ProTeste alegaram que seus produtos foram testados pelos órgão competentes e que estão, sim, dentro dos limites estabelecidos. Testes esses, inclusive, que são repetidos todos os anos para garantir a qualidade dos produtos no mercado brasileiro

A Taschibra e a Sylvania ainda disseram que não reconhecem os métodos usados pela ProTeste, pois o tamanho da amostragem da avaliação estariam abaixo dos 32 mínimos exigidos pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). A GE, por sua vez, desconhece as condições e os laboratórios em que os testes foram realizados, mas, por considerar a ProTeste uma instituição respeitada, fará uma verificação interna com a sua equipe de qualidade.

Já a Golden salientou a importância da ProTeste como disseminadora de informações para o consumidor. "Contudo, acreditamos que a matéria acaba por confundir o leitor ao tecer um juízo de valor acerca de produtos que seguem as normas ditadas pelo órgão regulador brasileiro", disse o diretor de marketing da Lâmpadas Golden, Flavio Takeda. "Desaconselhar um produto que segue as normas é o mesmo que desprezar o órgão regulador e a metodologia adotada por ele".

Norma brasileira

A Golden ainda esclareceu que a norma em vigor que regulamenta as lâmpadas fluorescentes compactas (que a ProTeste denomina eletrônicas) é válida até julho de 2012. A partir dessa data, serão elevados os valores do fluxo e da eficiência exigidos pela regulamentação."É uma tendência de mercado mundial e as empresas que comercializam estes produtos no Brasil terão um tempo para se adaptar", destacou Takeda

Como foram feitos os testes

A ProTeste analisou lâmpadas incandescentes de 60W e eletrônicas 3U, entre 14W e 15W, realizando ciclos de 2h45 com as lâmpadas ligadas e 15 minutos com elas desligadas.

Nesses períodos, foram testadas a quantidade de luz produzida pela lâmpada (fluxo de luz), o quanto de luz a lâmpada produz por Watt de consumo (eficiência) e o quanto de luminosidade a lâmpada perdeu após 2 mil horas de uso (depreciação).

Thales Brandão  

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