Redirecionamento

javascript:void(0)

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Shaper norte-americano segue sua busca pela prancha sustentável

O shaper norte-americano Danny Hess é há dez anos referência na fabricação de pranchas de surf, principalmente quando se trata de modelos de madeira. No entanto, ele não está contente com esse status e vem tentando desenvolver a prancha ideal, feita de maneira sustentável.

Esse desafio é muito importante, pois a fabricação de pranchas é um ramo da indústria que por décadas dependeu de materiais tóxicos e não recicláveis. Até mesmo as pranchas usadas atualmente são feitas de maneira “insustentável”, com: núcleo de espuma, combinação de fibra de vidro e resina, entre outras coisas que prejudicam o meio ambiente.

Assim como Hess, existem outros fabricantes de pranchas interessados em reduzir os impactos ambientais deste acessório, no entanto até hoje ninguém conseguiu produzir uma prancha totalmente eficiente sem utilizar uma camada pesada de resina de vidro, para garantir resistência.

Enquanto esse problema não é totalmente resolvido, o shaper americano soluciona outros entraves. A prancha de madeira, construída por Hess, é oca, com os trilhos e a pele selados a vácuo. O preenchimento do espaço interno é feito com poliestireno expandido reciclado, também conhecido como EPS. A resina usada por ele também é menos agressiva, tendo 70% de sua estrutura feita de pinheiros seiva.

Mesmo tendo uma prancha mais sustentável que as tradicionais, Hess ainda não está totalmente contente. Segundo ele, é possível minimizar os impactos, sem prejudicar o desempenho. A primeira opção é conseguir substituir totalmente o EPS por uma espuma de base biológica, feita de amido de milho ou soja.

A segunda opção é eliminar a espuma e a resina. Pois o shaper acredita que uma prancha de madeira, sem casca, não utiliza esses dois materiais e ainda assim funciona. Ele tem como exemplo as pequenas pranchas usadas por ele para a prática do bodysurfing, que são feitas seguindo essa ideia e ainda assim são eficientes. O único problema desse formato de prancha é o peso, que o shaper ainda considera alto, pesando quase cinco quilos, enquanto as tradicionais pesam apenas 3,5 quilos.

A última prancha dele de madeira, mesclada com o uso da espuma, feita para testes custou US$ 795. Um preço considerado acessível para os surfistas. Para tornar esse modelo mais ambientalmente correto, Hess pretende testar o uso da bio-espuma, assim, segundo ele, a prancha se tornará ainda mais especial. Dessa forma o shaper californiano segue sua busca pela prancha ideal e sustentável.



Nenhum comentário:

Postar um comentário