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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Conversão à energia verde custará 76 trilhões de dólares ao planeta até 2050

A completa conversão do planeta ao consumo de energia com tecnologias verdes custaria, caso efetivamente  76 trilhões de dólares até 2050. O cálculo foi divulgado nesta terça-feira (05/7), em Genebra, pelo Ecosoc (Conselho Econômico e Social da ONU).

Nos próximos 40 anos, mais da metade desse valor, equivalente a 1,1 trilhão de dólares ao ano, terá que ser investido nos países em desenvolvimento para atender à crescente demanda de alimentos e energia, de acordo com o relatório.

O subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, Sha Zukang, ressaltou a necessidade de executar esta conversão "o mais rápido possível" para "pôr fim à pobreza e reverter os efeitos catastróficos da mudança climática".

No entanto, Zukang admitiu que a tarefa é "árdua", já que atualmente são investidos apenas 100 bilhões de dólares ao ano em tecnologias ecológicas. Ele também lembrou que 30 ou 40 anos é um prazo muito pouco para conseguir uma transformação tecnológica de tal envergadura, visto que as principais transições anteriores neste campo ocorreram em um prazo de 70 a 100 anos.

"A mudança teria o mesmo impacto socioeconômico que a primeira revolução industrial", afirmou.

Hoje, 90% da energia é gerada através de combustíveis fósseis, responsáveis por 60% das emissões de dióxido de carbono (CO2).

Segundo o relatório, a conversão para as energias verdes é "fundamental" para se chegar a níveis de vida satisfatórios nos países em desenvolvimento, especialmente entre os 1,4 bilhão de pessoas que vivem em extrema pobreza e as 2 bilhões de pessoas a mais que se espera que habitem o planeta até 2050.

Além disso, para o responsável da ONU, a revolução da tecnologia ecológica deverá se basear na cooperação internacional, já que a maioria das novas tecnologias verdes pertence aos países avançados e, portanto, são mais caras para as nações em desenvolvimento.

Zukang considerou que a cúpula Rio+20, que acontecerá no Brasil em junho de 2012, será uma oportunidade para firmar acordos neste âmbito. Além disso, possibilitará que os países se comprometam a desenvolver políticas em nível nacional para abrir caminho à conversão do planeta às tecnologias verdes.

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