A política brasileira de adoção de programas de transferência de renda, principalmente o Bolsa Família e o Brasil sem Miséria, será detalhada na sexta-feira (24/06), em Roma, na Itália. Representantes dos países que integram a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) estarão reunidos no seminário denominado Cooperação Técnica Brasileira: Agricultura, Segurança Alimentar e Políticas Sociais.
Os programas brasileiros já servem de base para estudos e referência no Bird (Banco Mundial), que organiza um plano internacional para a próxima década. A finalidade do banco é renovar as estratégias de atuação nas áreas de proteção social e trabalho.
O recém-lançado Plano Brasil sem Miséria, sob a responsabilidade do MDS (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome), também chama a atenção das autoridades estrangeiras. O Brasil é o único país latino-americano cujos projetos sociais são tomados como referência para a execução de um plano mundial.
Além disso, a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) vai trabalhar em parceria com o MDS e o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na análise dos indicadores sobre extrema pobreza elaborados pelo governo. A ideia é incentivar a cooperação econômica entre os 48 países-membros.
No esforço mundial de combate à fome, o Brasil autorizou hoje a doação de estoques públicos de alimentos aos países de língua portuguesa e outros 15 países: Bolívia, El Salvador, Guatemala, Haiti, Nicarágua, Zimbábue, Cuba, Autoridade Nacional Palestina, Sudão, Etiópia, República Centro Africana, Congo, Somália, Nigéria e Coreia do Norte.
Os países que receberão os alimentos foram atingidos por catástrofes naturais. A doação do Brasil envolve 100 mil toneladas de milho, 500 mil toneladas de arroz, 100 mil toneladas de feijão, 10 mil toneladas de leite em pó e uma tonelada de sementes de hortaliças.
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