Tomou posse nesta quarta-feira (15/6) o novo diretor de obtenção de terras e implantação de projetos de assentamento do Incra, Marcelo Afonso Silva (52). Perito federal agrário da autarquia desde 1981, Afonso tem muita experiência com o tema da agricultura familiar e reforma agrária.
Ao assinar o termo de posse, o agora diretor do Incra agradeceu a confiança do presidente Celso Lacerda e apresentou sua meta prioritária para o próximo período. "Nós temos um programa de combate à pobreza extrema e o Incra tem uma tarefa importante nessa missão", destacou. Em todo o país, o Incra administra um total de 8,7 mil assentamentos onde vivem 924 mil famílias. Ampliar esse universo também é uma das tarefas do novo diretor.
Para Celso Lacerda, a vinda de Marcelo Afonso qualifica ainda mais o perfil de gestão técnica exigido para o órgão. "A presidenta Dilma Rousseff me incumbiu a tarefa de promover uma gestão técnica no Incra e a participação de servidores da qualidade do Marcelo Afonso é parte dessa orientação", enfatizou.
O que faz
A Diretoria de Obtenção de Terras e Implantação de Projetos de Assentamento é responsável pelas atividades de aquisição, desapropriação e incorporação ao patrimônio do Incra das terras necessárias à reforma agrária. Esse trabalho é realizado a partir do desenvolvimento e do monitoramento dos mecanismos de obtenção de terras, incluindo a incorporação ao patrimônio público das terras devolutas federais, a serem destinadas a essa finalidade.
A seleção de famílias, a promoção do acesso à terra e a criação de assentamentos também são incumbência desta diretoria, bem como as atividades relativas ao aproveitamento sustentável dos recursos naturais e a preservação do meio ambiente nos projetos de reforma agrária, com destaque à implantação de assentamentos ambientalmente diferenciados, sobretudo na região amazônica.
Perfil
No início dos anos 80, antes de ingressar na autarquia, o engenheiro agrônomo Marcelo Afonso Silva trabalhou na Secretaria de Agricultura de Rondônia, como articulador do então Instituto Brasileiro do Café (IBC), promovendo políticas de produção do grão. Também integrou a Comissão de Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), estimulando o desenvolvimento da produção de cacau e a competitividade do produto nos mercados nacional e exterior. No Incra, Marcelo Afonso atuou no Sudeste do Pará, exercendo funções em Tucuruí, durante o reassentamento de famílias atingidas pela construção da barragem da hidrelétrica de Tucuruí, no rio Tocantins, e em Marabá, na implementação do programa de reforma agrária.
Em 1999, o agrônomo assumiu a superintendência regional do Incra em Goiás, permanecendo até 2000, quando assumiu a Diretoria de Recursos Fundiários da autarquia. Em 2002, foi superintendente nacional de desenvolvimento agrário do Incra. Marcelo Afonso também tem em seu currículo passagens pela presidência do instituto, como assessor especial (2003), e pela própria diretoria de obtenção de terras, como coordenador-geral (2005). Antes de regressar à direção do Incra, Marcelo exerceu os encargos de diretor de planejamento do Programa Terra Legal, no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
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