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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Energia geotérmica avança no mundo

Em 1904, o príncipe italiano Piero Ginori se tornou a primeira pessoa a usar energia térmica de dentro da Terra para acender luzes - cinco, para ser preciso. Agora, mais de um século depois de seu experimento, 24 países a utilizam. Os 10.900 kilowatts de capacidade instalada no mundo geram energia renovável suficiente para alimentar mais de 6 milhões de lares nos EUA. O crescimento do setor tem sido de 3% ao ano na última décadas, mas o ritmo vem crescendo - até 2015, serão instalados 9.000 gigawatts. Há 350 projetos em desenvolvimento em dezenas de países.

A fonte de energia geotérmica é o tremendo calor que flui do núcleo da Terra e de seu manto, e de isótopos radioativos em sua crosta. As empresas perfuram para chegar a rochas porosas e permeáveis contendo reservatórios de água quente ou vapor, que são então trazidos à superfície para fazer girar uma turbina e produzir eletricidade. Historicamente, isto requer temperatura de 150 graus centígrados ou mais, o que é encontrado em abundância no chamado Anel de Fogo do Pacífico - que inclui Chile, Indonésia, Japão e Estados Unidos, assim como na região do Vale da Grande Falha na África. Mas tecnologias recentes permitiram a geração de energia com temperaturas mais baixas, permitindo que Alemanha, Hungria e outros países começassem a explorar este potencial.

Projetos de energia térmica requerem altos investimentos, especialmente em exploração, perfuração e construção de usinas, mas o custo baixo típico de operação - incluindo um custo zero de combustível -  os tornam no tempo competitivos com combustíveis fósseis ou energia nuclear. Há outra vantagem: usinas geotérmicas podem fornecer energia 24 horas por dia, sem depender de backup não renovável. Há 3.100 megawatts instalados nos EUA, metade deles no complexo de 17 usinas conhecido como The Geysers, no norte da Califórnia, o maior do mundo. Nos últimos anos, menos de 330 megawatts de energia geotérmica foram instalados no país, mas com recentes incentivos governamentais o quadro começa a mudar. Há mais de 120 projetos confirmados em 14 estados, representando perto de 1.400 megawatts.

Os EUA tem uma produção importante, mas em nenhum lugar a energia geotérmica é tão presente como na Islândia - seus 575 MW de capacidade instalada, número que pode dobrar até 2015, fornecem um quarto da eletricidade do país. O governo do país está pensando em construir um cabo submarino de 1.170 quilômetros para exportar a energia para a Escócia. No Pacífico, as Filipinas se aproveitam de seus recursos geotérmicos, e ocupam o segundo lugar do mundo em capacidade instalada, de 1.900 MW. Mas os planos mais ambiciosos do mundo estão na Indonésia. O país, que ocupa o terceiro lugar, com 1.200 MW, planeja mais que triplicar sua capacidade até 2015 - e chegar a 12.000 MW em 2025, suprindo 75% da eletricidade do país.

O México ocupa o quarto lugar, com 958 MW, o Japão corre principalmente depois do desastre de Fukushima (tem menos de 540 MW) e a Associação de Energia Geotérmica, baseada nos EUA, calcula que 39 países podem ter toda sua energia gerada por fonte geotérmica. Nove deles estão nas Américas Central e do Sul, e 13 se encontram na África



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