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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Combate a conflitos agrários no AM terá operação da Força Nacional e PF

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e representantes do setor de segurança nacional estiveram reunidos, durante a manhã da sexta-feira (10), com o governador do Amazonas, Omar Aziz, para discutir maneiras de minimizar os conflitos agrários e erradicar o número de crimes nas fronteiras do Estado. Somente para a Operação ‘Defesa da Vida’, foi anunciado o remanejo de 70 homens da Policia Federal, Forças Armadas, Força Nacional e Polícia Rodoviária Federal para o Sul do Amazonas.

A Operação ‘Defesa Civil’, projeto lançado pelo Governo Federal, foi deflagrado no sabado (11) e visa combater crimes como tráfico de drogas, de armas e de pessoas, além de crimes ambientais e fiscais, homicídios, extração ilegal de veículos, sonegação e contrabando. Os crimes são comuns no interior do Estado e em dez países da fronteira.

De acordo com o governador do Amazonas, Omar Aziz, a ideia é evitar novos conflitos agrários. “A presidente Dilma chamou o ministro e afirmou querer que essa operação aconteça, ainda mais na região do sul do Amazonas. Temos que controlar esses conflitos. Não queremos que isso venha a afetar futuramente o Amazonas, então a prática é proteger”, afirmou.

Sobre a campanha, Cardozo afirmou que apenas o efetivo policial não bastará para amenizar os crimes, principalmente devido à dimensão do território estadual. Para o ministro, as políticas públicas devem ser usadas para que as situações de conflitos não perdurem.“Neste primeiro momento iremos trabalhar com 70 homens no Sul do Amazonas. Se for o caso, eu reduzo ou amplio. O que não podemos mais é aceitar a impunidade”, frisou.

Líderes ameaçados de morte
Entre os assuntos discutidos na reunião esteve a lista divulgada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), que aponta 25 pessoas, entre ribeirinhos, posseiros, líderes e missionários, ameaçadas de morte no período de 2000 a 2010. Questionado sobre o assunto, o governador Omar Aziz afirmou que cada caso será analisado.

“Temos a informação que são 8 mil pessoas ameaçadas, mas sabemos é claro que há pessoas que estão querendo se aproveitar da situação, e ao invés de usarem a Amazônia para garantirem o sustento da família, estão usando de maneira incorreta na extração ilegal de madeira apenas por dinheiro. O que não podemos é colocar um agente para cada pessoa, até por que não temos” disse.

Planos estratégicos estão em fase de conclusão e devem ser entregues até a próxima quinta-feira (16). O Governo estuda ainda a realização de concurso público para criação de núcleos policiais fixos no Sul do Amazonas.

Última Morte
No mês de Maio, o agricultor amazonense Adelino Ramos,57, líder do Movimento Camponês Corumbiara, em Porto AVelho (RO) morreu com seis tiros, enquanto levava a família para feira do município do Distrito de Vista Alegre do Abunã. Ele participava de movimentos no Sul do Amazonas.

Adelino morava no assentamento Programa de Assentamento Florestal (PAF) do Curuquetê, do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no sul de Lábrea . Ele e as outras famílias ocupantes da área buscavam a regularização fundiária, reforma agrária e organização dos trabalhadores rurais.

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