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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Saúde alerta que hipertensão arterial atinge 23,3% dos brasileiros e a maioria é mulher

A proporção de brasileiros diagnosticados com hipertensão arterial aumentou nos últimos cinco anos, passando de 21,6%, em 2006, para 23,3%, em 2010. Em relação ao ano passado, no entanto, o levantamento aponta recuo de 1,1 ponto percentual – em 2009, a proporção foi de 24,4%. A maioria é mulher.

O alerta foi feito ontem, terça-feira (26), Dia Nacional da Prevenção e Controle da Hipertensão Arterial, pelo Ministério da Saúde, com base nos dados fornecidos pela pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2010). O levantamento é feito anualmente desde 2006, em todas as capitais brasileiras, pelo Ministério da Saúde em parceria com a Universidade de São Paulo (USP). Em 2010, foram entrevistados 54.339 adultos, nas 26 capitais e no DF.

A pessoa é considerada hipertensa quando a pressão arterial é igual ou superior a 14 por 9. A doença é causada pelo aumento na contração das paredes das artérias para fazer o sangue circular pelo corpo, movimento que acaba sobrecarregando vários órgãos, como coração, rins e cérebro. Se a hipertensão não for tratada, pode gerar complicações como entupimento de artérias, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infartos.

Doença pode ser controlada
A pressão alta geralmente não tem cura, mas pode ser controlada com remédios, alimentação saudável e exercícios físicos apropriados. E, apesar do crescimento da doença registrado nos últimos anos, o ministro Alexandre Padilha avalia que a tendência é de estabilização dos indicadores.

Para ajudar a população a enfrentar o problema, o governo vem atuando em várias frentes. O Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo, oferece gratuitamente todas as classes de medicamentos para o controle da hipertensão arterial. Já o programa Aqui Tem Farmácia Popular, com mais de 15 mil farmácias e drogarias conveniadas, ampliou a gratuidade de medicamentos para hipertensos.

Outra medida importante para prevenir o avanço da hipertensão é a redução do consumo de sal. Além da hipertensão, o consumo excessivo de sal está associado a outros males crônicos, como doenças cardiovasculares, problemas renais e cânceres. Segundo dados da Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF) 2002-2003, o consumo individual de sal nos domicílios brasileiros foi de 9,6 gramas diários, o que representa quase o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para reduzir a ingestão de sal pelos brasileiros, o Ministério da Saúde fechou um acordo com a indústria de alimentos, no último dia 7 de abril, para reduzir o teor de sódio (cerca de 40% do sal é composto de sódio) em 16 categorias de alimentos processados, como massas instantâneas, pães e bisnagas, nos próximos quatro anos.

Mulheres são mais afetadas
De acordo com a pesquisa Vigitel, o diagnóstico de hipertensão é maior em mulheres (25,5%) do que em homens (20,7%). Nos dois sexos, no entanto, o diagnóstico de hipertensão arterial se torna mais comum com a idade: a hipertensão atinge cerca de 8% dos indivíduos entre os 18 e os 24 anos de idade e mais de 50% dos que estão na faixa etária de 55 anos ou mais de idade

O estudo aponta que a associação inversa entre nível de escolaridade e diagnóstico é mais marcada na população feminina: enquanto 34,8% das mulheres com até oito anos de escolaridade referem diagnóstico de hipertensão arterial, a mesma condição é observada em apenas 13,5% das mulheres com 12 ou mais anos de escolaridade.“Existe uma certa estabilidade no número de hipertensos no País, em torno de 25%, considerando a população geral. Mas essa proporção dobra entre as pessoas acima dos 50 anos. Outra questão importante é o acesso à atenção primária, que justifica essa diferença entre homens e mulheres, ou seja, elas buscam mais os serviços de saúde do que eles”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

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