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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Petróleo está com dias contados

Vai durar 50 anos, com níveis atuais de consumo
O mundo pode ter não mais que 50 anos de petróleo, nos níveis atuais de consumo, e o crescimento da demanda de países em desenvolvimento poderá criar  "aumentos de preços muito significativos", antes que substitutos como biocombustíveis possam servir como alternativas viáveis, adverte o banco HSBC em novo relatório, segundo o New York Times.

O banco, segundo maior do mundo em ativos, diz ainda que tendências de crescimento em países em desenvolvimento, como a China, poderão colocar mais um bilhão de carros nas ruas até meados do século. "Esta é uma pressão tremenda sobre o estoque de petróleo", diz Karen Ward, economista sênior do HSBC.

Substitutos como biocombustíveis e petróleo sintético de carvão podem preencher uma lacuna, caso o fornecimento de combustíveis comerciais não atender a demanda, mas apenas se o preço do médio do barril de petróleo ultrapassar U$ 150, nota o relatório. O fornecimento global, com gargalos crescentes, pode causar choques de preços "persistentes de dolorosos".

Alguns observadores da indústria de petróleo são mais otimistas quanto ao futuro, argumentando que a exploração de areia betuminosa no Canadá, descobertas offshore no Ártico e um esperado aumento na produçando Iraque manterão o bom fornecimento dos mercados por décadas. A perfuração de xisto também conseguiu aumentar a produção doméstica de petróleo nos Estados Unidos após anos de declínio. (Estes analistas e seu otimismo parecem não estar levando em consideração as catástrofes naturais que poderão ocorrer em áreas especialmente frágeis, como o Ártico, onde um desastre como o do Golfo do México seria extremamente mais difícil de controlar.)

Mas a vulnerabilidade dos mercados mundiais de petróleo, mesmo com distúrbios menores, como a guerra na Líbia, ficou patente. O conflito tirou 1% do petróleo de circulação, mas o preço do barril fechou em U$ 115 anteontem, e era de U$ 74 há menos de um ano.

O HSBC diz ainda que mesmo sem uma escassez de fornecimento de petróleo, a distribuição desigual dos recursos remanescentes de energia vão provavelmente alterar o equilíbrio de poder econômico no mundo nas próximas décadas. E o maior perdedor deverá ser a Europa, onde a escassez de energia poderá prejudicar significativamente o crescimento econômico até meados do século.


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