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terça-feira, 12 de abril de 2011

Obras de construção da usina de Jirau são retomadas

Ele lembrou que há um compromisso firmado pelo governo do Estado com os consórcios que constroem as usinas de Santo Antônio e Jirau para que pelo menos 70% do quadro de funcionários seja formado por pessoas que moram em Rondônia. Segundo Araújo, no caso de Jirau isso não ocorre.

O consórcio Energia Sustentável do Brasil (ESBR) reiniciou hoje as obras de construção da usina hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, a 120 quilômetros de Porto Velho. As atividades estavam paralisadas desde o último dia 15, quando alojamentos e ônibus foram incendiados durante uma confusão envolvendo trabalhadores. Diretores do consórcio avisaram que serão demitidos 6 mil dos 25 mil funcionários que trabalharam nas primeiras fases da obra. 

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, esteve no canteiro de Jirau na manhã de hoje, para verificar a situação dos funcionários. Ele pediu à diretoria do consórcio que não dispense trabalhadores que moram em Porto Velho, porque iria causar um problema social na cidade. Assim, o consórcio deverá demitir parte dos que voltaram aos seus Estados de origem após a revolta na usina. 

"As usinas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira, são fundamentais para o Brasil porque o País precisa de energia elétrica, mas é preciso assegurar os empregos para quem mora em Rondônia. Eu não sou deste Estado, mas entendo que é necessário manter os postos de trabalho de quem já é daqui", disse o ministro. Ele havia sido alertado sobre o impacto social que as demissões podem causar em Porto Velho assim que desembarcou na Base Aérea de Porto Velho, hoje, antes de seguir de helicóptero para Jirau.

O presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, deputado Valter Araújo (PTB), disse que as autoridades precisam fiscalizar as demissões em conjunto com a Superintendência Regional do Trabalho. Ele lembrou que há um compromisso firmado pelo governo do Estado com os consórcios que constroem as usinas de Santo Antônio e Jirau para que pelo menos 70% do quadro de funcionários seja formado por pessoas que moram em Rondônia. Segundo Araújo, no caso de Jirau isso não ocorre.

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