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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Belém recebe a exposição “Hélio Oiticica – Museu é o Mundo”

Obras de um dos mais importantes artistas brasileiros estarão em seis instituições na cidade
Chega a Belém a exposição “Hélio Oiticica – Museu é o Mundo”, com obras e filmes de Hélio Oiticica, um dos artistas brasileiros mais pesquisados e exibidos mundo afora. A mostra será apresentada no Museu Histórico do Estado do Pará, no Museu do Forte do Presépio, na Estação Docas, no Fórum Landi, na Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (CENTUR) e no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas. A exposição tem apoio da Universidade Federal do Pará (UFPA), Alliaz, Foco e Secretaria de Cultura do Estado do Pará,


A maior parte das obras vem do acervo de César e Claudio Oiticica, e reúne raridades como seus famosos Metaesquemas, os desenhos do período neoconcreto, guaches, uma calça feita para a Mangueira, além de Bólides e Penetráveis. Com curadoria de Cesar Oiticica Filho, Fernando Cocchiarale e Wagner Barja, a mostra cobre todos os períodos da produção do artista. A mostra é uma itinerância da exposição realizada em março (no Itaú Cultural, em São Paulo), em setembro (no Rio de Janeiro), e em dezembro (em Brasília), mas adquire um contorno especial em cada cidade que passa.

A exposição traz ainda raríssimos penetráveis, obras monumentais de Hélio Oiticica [1937-1980], como “Tropicália”, de 1967, e “Rijanviera”, de 1979, no Museu Histórico do Estado do Pará; “Macaléia”, de 1978, e “A Invenção da Luz”, de 1978/ 1980, no Museu do Forte do Presépio; “Nas Quebradas”, de 1979, na Estação Docas; e “Rhodislandia”, de 1971, no Fórum Landi. “Éden”, um conjunto de vários ambientes que integrou a primeira exposição do artista em Londres, na White Chapel, em 1969, está na Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (CENTUR) e “Penetrável Gal”, de 1969, no Espaço Cultural Casa das 11 Janelas.
“A exposição tem como objetivo quebrar fronteiras, não só as paredes do museu, mas também ampliar a área de alcance da arte para grandes instalações na rua”, afirmam os curadores. César Oiticica Filho lembra ainda que no final de sua vida, Hélio Oiticica “não se considerava mais um artista, mas um propositor que instigava o artista que existia em cada pessoa”. 

PODER DE SÍNTESE
A ocupação de vários espaços públicos evoca uma característica do artista, que desde menino dizia que precisava andar para pensar, para perceber o mundo à sua volta e organizar as idéias. “Ele desenhava as rotas de todos os ônibus”, diz César Oiticica Filho. Já adulto, costumava fazer longas caminhadas, no que ironicamente chamava de “Delirium Ambulatório”, para relacionar à agitação motora de alguns pacientes psiquiátricos.
“O que mais impressiona no legado de Hélio Oiticica é o poder de síntese que ele sempre teve na pauta das traduções de seu programa artístico. Desde os Metaesquemas, que são desenhos geométricos tradicionais, passando pelos outros projetos: Relevos, Bilaterais, Bólides, Ninhos e a diversas arquiteturas nomeadas até os Parangolés, o Hélio realizou uma ação continuada ininterrupta. Ele sempre falou, no fundo, das questões das cores, das formas, da linguagem da pintura e associou tudo isso ao corpo e à cultura”, afirma o curador Wagner Barja, pesquisador da obra de Hélio Oiticica, e autor de uma dissertação de mestrado na UNB, que envolve a obra do artista.
FILMES 
Na exposição, serão apresentados os filmes “Agripina é Roma Manhattan” (1972) e “Brasil Jorge, Homenagem a Jorge Salomão” (1972), ambos de Hélio Oiticica, e “Phone” (1975), de Andreas Valentim. 
Serviço: “Hélio Oiticica – Museu é o Mundo”
Abertura: 5 de abril, às 19h, no Museu do Estado do Pará.
Em exposição até 5 de junho. Entrada franca.
Locais e horários de visitação:
Museu Histórico do Estado do Pará (MHEP)
Na Sala da Cavalariça está o penetrável “Tropicália”, de 1967. Na Sala Transversal estão “Meta-esquemas”, “Relevos Especiais”, “Bólides” e “Desenhos Neoconcretos”. Na varanda dos fundos, o Penetrável “Rijanviera”, de 1979. Palácio Lauro Sodré - Praça Dom Pedro II, s/nº - Cidade Velha. De terça a sexta, das 10h às 18h. Sábado e domingo, das 10h às 16h. Feriados, de 9h às 13h.
Museu do Forte do Presépio
Na área interna do museu, o penetrável “Macaléia”, de1978, e, na área externa, “A Invenção da Luz”, de 1978/ 1980. Praça Dom Frei Caetano Brandão, s/n. Cidade Velha. De terça a sexta, das 10h às 18h. Sábado e domingo, das 10h às 16h. Feriados, de 9h às 13h.
Estação Docas
O penetrável “Nas Quebradas”, de 1979.
Boulevard Castilho França, s/n. De segunda a domingo de 12h às 24h
Fórum Landi 
No corredor lateral, o penetrável “Rhodislandia”, de 1971.
Rua Siqueira Mendes nº 60 - Bairro da Cidade Velha. 
De segunda a sexta, das 9h às 18h
Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (CENTUR)
No hall de entrada, o “Éden”, um conjunto de vários ambientes que integrou a primeira exposição do artista em Londres, na White Chapel, em 1969. Na galeria, “Cosmococa”, de 1973. Av. Gentil Bittencourt, 650 – Nazaré. Todos os dias, das 9h às 22h.
Espaço Cultural Casa das 11 Janelas
O “Penetrável Gal”, de 1969. Praça Dom Frei Caetano Brandão, s/n. Cidade Velha.
De terça a sexta, das 10h às 18h. Sábado e domingo, das 10h às 16h. Feriados, de 9h às 13h.

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