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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Lucro da Vale triplica e chega a R$ 30,1 bilhões em 2010

Passada a crise internacional que derrubou o consumo de minério de ferro, a Vale triplicou o lucro e bateu novo recorde em resultado financeiro. A empresa informa que o ganho de R$ 30,1 bilhões registrado em 2010 é o maior de toda a história da mineração. O desempenho reflete principalmente o aumento dos preços das commodities e o reaquecimento da demanda mundial por metais. Cerca de 83% das vendas da Vale são para o mercado externo. 

“Estamos vivendo nossos melhores dias", comemora o presidente da Vale, Roger Agnelli, em relatório ao mercado. A mineradora dobrou as vendas para a Europa no ano passado. O faturamento também cresceu em países asiáticos e sul-americanos - sobretudo no Brasil. A Ásia continua respondendo por mais da metade das vendas da mineradora. A receita operacional saltou de R$ 49 bilhões em 2009 para R$ 85 bilhões em 2010, outro recorde.

Na esteira do crescimento da maior produtora de ferro do mundo, o investidor vai receber R$ 5,6 de ganho por ação. A empresa exibe ainda geração de caixa recorde, medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), de R$ 46,4 bilhões em 2010.


"2009 se caracterizou como período de transição, marcado por desempenho em patamar inferior aos dois anos anteriores, porém bastante robusto. 2010 foi um ano de forte recuperação e desempenho notável, devido à convergência de dois fatores. De um lado, as iniciativas desenvolvidas em 2009 em resposta à recessão global, com foco em transformações estruturais, começaram a dar frutos. De outro, a economia global, liderada pelas economias emergentes, as principais fontes de expansão da demanda para minerais e metais, apresentou excepcional crescimento", assinala a companhia em relatório a investidores.

No quarto trimestre, a mineradora lucrou R$ 10 bilhões, pouco abaixo dos R$ 10,5 bilhões registrados no trimestre anterior, mas muito acima dos R$ 2,7 bilhões alcançados no mesmo período de 2009. O desempenho trimestral ficou dentro das projeções de bancos e analistas consultados pelo iG

Em análise poucas horas antes da divulgação do balanço, Felipe Reis, do Santander, já esperava um resultado "muito bom". Segundo ele, a recuperação nas vendas de níquel e cobre compensou parte das perdas com a diminuição dos preços do minério de ferro entre o terceiro e quarto trimestre do ano. No final de 2010, as operações no Canadá voltaram à normalidade, depois de paralisações na produção de níquel. Relatório da Ágora Senior também lembra da retomada das operações da subsidiária canadense da Vale. E destaca o aumento nos preços de cobre (18%) e níquel (15%) no período.

Dias ainda melhores 

Mesmo diante do lucro gigante, Vale, bancos e analistas esperam dias ainda melhores para a companhia. "2010 foi muito bom, mas 2011 será um ano ainda melhor para a Vale", estima Reis. As ações da empresa continuam sendo recomendadas porque o preço do minério de ferro voltou a subir e as apostas são de alta ao longo do ano. Em 2009, a Vale apresentou R4 10 bilhões de lucro, cerca da metade do ganho de 2008.

E, seu balanço financeiro, a Vale relata que, pela primeira vez desde meados de 2003, quando o PIB global se expandia acima de 5% ao ano, há uma aceleração sincronizada nos setores industriais e de serviços, "indicando ampla retomada da demanda final, o que fortalece a sustentabilidade do crescimento". A expansão dos países desenvolvidos, lembra a mineradora, favorece a demanda por minerais e metais e pode contribuir para o melhor desempenho das economias emergentes.

Alerta para inflação

"Depois de uma contração severa em 2009, o consumo de metais nas economias desenvolvidas ainda está abaixo dos níveis pré-crise. Isto é mais notável no caso do aço, cujos níveis de consumo vigentes em 2010 foram quase 20% menores que o pico de 2007". Ou seja: ainda há espaço para continuar crescendo - e 2011 é o momento.

O maior desafio futuro, segundo a Vale é o de normalizar políticas em velocidade que sustente o crescimento e ao mesmo tempo restrinja as pressões inflacionárias.

É o maior resultado da história da mineração

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