De cada dólar investido em educação da criança, o retorno pode chegar a mais de 17 dólares, diz especialista Marcos Kisil
O governo tem uma meta ambiciosa para a primeira infância, a de colocar 5 milhões de crianças de 0 a 3 anos em creches, públicas ou privadas, até 2020. Isso significa atender a 50% das cerca de 10 milhões de crianças em todo o país. A meta faz parte do novo Plano Nacional de Educação (PNE) apresentado no final do ano passado e já enviado à apreciação do Congresso.
No PNE anterior, que vigorou de 2001 a 2010, havia uma meta igualmente arrojada. Até 2010, previa-se colocar em creches 50% das crianças contabilizadas. Mas, em 2008, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), apenas 18,1% estavam matriculadas em creches. A meta não foi cumprida. E, entre 1995 e 2009, foi registrado no país um aumento de apenas 0,81% ao ano no número de crianças nessa situação. Hoje, o número de crianças atendidas em creches ainda beira os 20%, muito inferior à meta estipulada.
Especialistas no assunto apontam para a urgência de se tratar o assunto com a devida seriedade. O país ainda não se deu conta da importância de investir no desenvolvimento infantil, tanto para a formação dessas crianças como para o próprio desenvolvimento do país, diz o dr. Marcos Kisil, diretor superintendente da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal. A FMCSV, entidade familiar e sem fins lucrativos, trabalha para gerar e disseminar conhecimento para o desenvolvimento integral da criança, através de projetos sociais implantados em cidades no interior do Estado de São Paulo.
No PNE anterior, que vigorou de 2001 a 2010, havia uma meta igualmente arrojada. Até 2010, previa-se colocar em creches 50% das crianças contabilizadas. Mas, em 2008, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), apenas 18,1% estavam matriculadas em creches. A meta não foi cumprida. E, entre 1995 e 2009, foi registrado no país um aumento de apenas 0,81% ao ano no número de crianças nessa situação. Hoje, o número de crianças atendidas em creches ainda beira os 20%, muito inferior à meta estipulada.
Especialistas no assunto apontam para a urgência de se tratar o assunto com a devida seriedade. O país ainda não se deu conta da importância de investir no desenvolvimento infantil, tanto para a formação dessas crianças como para o próprio desenvolvimento do país, diz o dr. Marcos Kisil, diretor superintendente da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal. A FMCSV, entidade familiar e sem fins lucrativos, trabalha para gerar e disseminar conhecimento para o desenvolvimento integral da criança, através de projetos sociais implantados em cidades no interior do Estado de São Paulo.
De acordo com o especialista, para cada US$ 1 investido na educação de uma criança o
retorno para a sociedade fica em torno de 6 a 8 dólares.
retorno para a sociedade fica em torno de 6 a 8 dólares.
Esse mesmo dólar, investido no período escolar, ou seja entre os 6 e os 18 anos, traz um
retorno que varia de 2 a 4 dólares, enquanto o investimento no período posterior a 18 anos, gera um retorno de até 2 dólares.
"Quando é muito bem aplicado, em programas sólidos e permanentes de apoio ao desenvolvimento infantil na faixa de 0 a 3 anos, US$ 1 pode trazer um retorno de até US$ 17, considerando que a criança terá melhor rendimento escolar, chegará mais preparada ao mercado, receberá salários mais altos e contribuirá com a sociedade não só por meio de seu trabalho, como também recolhendo mais impostos", explica.
Uma das promessas de campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) foi a de que 6 mil novas creches e pré-escolas serão construídas no Brasil durante seu mandato, através de convênios com estados e municípios. Na esfera estadual, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) também prometeu investimentos de R$ 1 bilhão para a construção de creches em São Paulo. Porém, é necessário que, além do espaço, as crianças recebam os estímulos que promovam seu bom
desenvolvimento. Para isso, é preciso investir também na capacitação dos profissionais que atendem a essas crianças, pessoas que estejam efetivamente capacitadas para realizar esse trabalho.
Programas que promovem o desenvolvimento infantil são o melhor investimento para desenvolver o capital necessário ao crescimento do país. É o caminho mais curto e eficiente para reduzir a pobreza e estimular o crescimento econômico, conclui Kisil.
retorno que varia de 2 a 4 dólares, enquanto o investimento no período posterior a 18 anos, gera um retorno de até 2 dólares.
"Quando é muito bem aplicado, em programas sólidos e permanentes de apoio ao desenvolvimento infantil na faixa de 0 a 3 anos, US$ 1 pode trazer um retorno de até US$ 17, considerando que a criança terá melhor rendimento escolar, chegará mais preparada ao mercado, receberá salários mais altos e contribuirá com a sociedade não só por meio de seu trabalho, como também recolhendo mais impostos", explica.
Uma das promessas de campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) foi a de que 6 mil novas creches e pré-escolas serão construídas no Brasil durante seu mandato, através de convênios com estados e municípios. Na esfera estadual, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) também prometeu investimentos de R$ 1 bilhão para a construção de creches em São Paulo. Porém, é necessário que, além do espaço, as crianças recebam os estímulos que promovam seu bom
desenvolvimento. Para isso, é preciso investir também na capacitação dos profissionais que atendem a essas crianças, pessoas que estejam efetivamente capacitadas para realizar esse trabalho.
Programas que promovem o desenvolvimento infantil são o melhor investimento para desenvolver o capital necessário ao crescimento do país. É o caminho mais curto e eficiente para reduzir a pobreza e estimular o crescimento econômico, conclui Kisil.
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