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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Saara pode prover 50% do consumo mundial de energia


Parece até enredo de James Bond, mas é para valer: cientistas do Japão e da Argélia estão se unindo em um projeto para construir fábricas de silício — material usado na produção de células fotovoltaicas — e usinas de energia solar no Saara, o maior deserto da Terra. A energia produzida pelo complexo será enviada para várias partes do mundo através de cabos supercondutores, resfriados por nitrogênio líquido. "Se usarmos 0,01% da energia que a Terra recebe do Sol, ao invés de escassez, teremos sobra de energia", diz o site do Sahara Solar Breeder Project (algo como Projeto de Reprodução Solar do Saara).
…Desertos recebem ampla insolação em uma enorme área. Também contêm em abundância sílica - a matéria-prima do silício. Então, a ideia é construir fábricas de silício em torno do deserto e usinas solares no próprio deserto, e usar a energia gerada para construir mais silício e mais usinas solares, imitando o processo de reprodução biológico.

As ambições iniciais são produzir no silício de alta pureza e construir uma usina que produza pelo menos 100 gigawatts de potência. Outro objetivo é treinar cientistas dos países emergentes da região. Veja a demonstração no vídeo.

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