A presidente da Conferência Climática da ONU (COP16), Patrícia Espinosa, solicitou a ajuda do Brasil e do Reino Unido para definir o futuro do Protocolo de Kyoto. A expectativa é de que a reunião de Cancún consiga estabelecer, pelo menos, medidas modestas para o combate ao aquecimento global.
O acordo de Kyoto, que determina que as nações desenvolvidas tenham metas de redução nas emissões dos gases de efeito estufa, expira em 2012. Porém, a sua permanência tem gerado diversos conflitos de ideias. O principal motivo para essa divergência entre os países é o fato de os dois maiores poluidores do mundo, EUA e China, não fazerem parte do acordo.
Países desenvolvidos que assinaram o protocolo, como Japão, Rússia e Canadá também cobram uma participação mais efetiva das nações em desenvolvimento. Sugestão que é refutada pelos países em desenvolvimento com a desculpa de que os ricos se beneficiam das emissões geradas pelos países mais pobres.
Essa disputa entre nações com diferentes situações econômicas fez com que Patrícia Espinosa buscasse unir pares formados por países desenvolvidos e em desenvolvimento, na esperança de que isso facilite um acordo global.
A semana que se inicia é de extrema importância para que a COP16 seja bem sucedida. Mesmo não havendo esperança de que um novo tratado seja negociado, a expectativa é de que alguns acordos possam ser estabelecidos, como a criação de mecanismos de ajuda financeira aos países em desenvolvimento, para que sejam criadas ações de combate às mudanças climáticas.
Para Espinosa a participação do Brasil, como representante das nações em desenvolvimento, é de extrema importância. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira será a responsável por representar o país e intermediar qualquer possível negociação.
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