A Petrobras concluiu na última sexta-feira (3/12) o simulado de emergência que avaliou o Plano de Contingência Corporativo da Companhia, iniciado em 1º de dezembro, no rio Negro, em Manaus. Foram utilizados
pela primeira vez no Brasil um radar e uma câmera infravermelha, recém adquiridos pela Companhia, e novas habilidades do robô ambiental híbrido Chico Mendes.
O exercício testou também pela primeira vez a utilização de recursos de fora do país, por meio de parceria com a associação internacional Clean Caribbean & Americas. A CCA é fornecedora de equipamentos de resposta a acidentes com vazamento de petróleo para todo o continente americano.
O simulado ocorreu em paralelo à realização do Mobex Amazônia 2010, que reuniu mais de 150 participantes, de 27 diferentes países, entre os dias 30/11 e 3/12, em Manaus. Promovido pela CCA, o evento foi realizado pela primeira vez no Brasil. Foram discutidas formas de aprimorar a coordenação e as ações de resposta a grandes emergências ambientais.
Tecnologia
O radar e a câmera infravermelha testados pela Petrobras no simulado podem ser utilizados no combate a vazamentos em rios e no mar e permitem, inclusive, a execução de operações durante a noite.
As novas tecnologias servem para validar modelos matemáticos desenvolvidos pelos técnicos da Companhia, que consideram variantes climáticas e condições locais para prever a movimentação do petróleo vazado.
"Com o radar, além de detectar as manchas de petróleo, você pode detectar correntes de água. Isso permite identificar com maior precisão onde a mancha poderá atingir e então podemos colocar barreiras preventivamente", explicou o gerente de Articulação e Contingência da Petrobras, Jayme de Seta Filho.
O exercício serviu também para testar a utilização de novos recursos do robô ambiental híbrido Chico Mendes, desenvolvido pelo Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes). Criado em janeiro de 2005, o equipamento está em constante evolução. Atualmente, além de coletar e avaliar em tempo real as condições da água e o índice de explosividade, por meio da medição da quantidade de metano, o robô pode lançar e recolher barreiras de contenção em áreas de difícil acesso.
"Com o radar, além de detectar as manchas de petróleo, você pode detectar correntes de água. Isso permite identificar com maior precisão onde a mancha poderá atingir e então podemos colocar barreiras preventivamente", explicou o gerente de Articulação e Contingência da Petrobras, Jayme de Seta Filho.
O exercício serviu também para testar a utilização de novos recursos do robô ambiental híbrido Chico Mendes, desenvolvido pelo Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes). Criado em janeiro de 2005, o equipamento está em constante evolução. Atualmente, além de coletar e avaliar em tempo real as condições da água e o índice de explosividade, por meio da medição da quantidade de metano, o robô pode lançar e recolher barreiras de contenção em áreas de difícil acesso.
Integração
Além dos equipamentos do Centros de Defesa Ambiental da Petrobras em Manaus, Salvador e São Paulo, foram utilizadas barreiras de contenção e recolhedores de óleo da CCA, enviados da sede da associação em Miami, nos Estados Unidos.
Para a entrada destes equipamentos com a agilidade necessária ao caso de um acidente real, a Petrobras atuou em parceria com a Polícia Federal e a Receita Federal.
A Marinha do Brasil e o Ibama também colaboram na realização do simulado. Segundo o Gerente Setorial de Contingência da Petrobras, Márcio Dertoni, a integração entre a Petrobras e os órgãos governamentais foram fundamentais para o sucesso do exercício. "A atuação conjunta é que garante os melhores resultados numa situação de emergência", disse.
Exercício
No total, cerca de 100 pessoas, 30 embarcações, 2 mil metros de barreiras de contenção e cinco recolhedores de óleo foram envolvidos no simulado. O exercício simulou o vazamento de 800 mil litros de óleo combustível da embarcação CNA 239, afretada pela Transpetro. No lugar de combustível, foi despejada no rio Negro pipoca de milho, preparada sem adição de óleo.
As más condições do tempo na região impediram que os trabalhos fossem estendidos ao rio Amazonas e que fossem utilizadas as 3 toneladas de pipoca previstas.
Plano de Contingência
O Plano de Contingência Corporativo da Petrobras prevê o enfrentamento com rapidez e eficácia das situações de emergência, visando à máxima redução de seus efeitos. A realização de simulados de emergência atende a uma diretriz de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras e tem como objetivo treinar as equipes que atuam no controle de emergências, analisar procedimentos e preparar a força de trabalho para enfrentar situações desse tipo.
Para operacionalização dos planos de emergência, a Petrobras dispõe de equipes treinadas e recursos materiais, destacando-se: 27 embarcações de grande porte dedicadas ao recolhimento de óleo; 130 embarcações de apoio; 150.000m de barreiras de contenção; 120 mil metros de barreiras absorventes; 200 recolhedores de óleo (skimmer); 200 mil litros de dispersante químico, entre outros equipamentos disponíveis nos dez Centros de Defesa Ambiental, nas 13 Bases Avançadas da Petrobras e nos Centros de Resposta a Emergência, estrategicamente distribuídos em mais de 20 cidades em diferentes regiões do país.
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