Nos dias de hoje, provavelmente Euclides da Cunha não teria necessidade de viajar a Canudos para conhecer o Brasil dos grotões, visto que seus habitantes migraram e receberam o mesmo tratamento pouco digno na periferia das grandes cidades. Em Os Sertões, ele escreve que os discípulos de Antonio Conselheiro encontraram o brilho da civilização na luminosidade dos tiros dos fuzis. Hoje, em São Paulo, eles são apresentados à modernidade em ilhas de calor e zonas de inundação, com transportes abarrotados". Paulo Saldiva, no livro Meio ambiente e saúde: o desafio das metrópoles
Pela primeira vez na História, há mais pessoas vivendo em cidades do que em zonas rurais. No Brasil, 80% da população reside em áreas urbanas. Mesmo assim, o debate sobre meio ambiente não inclui o homem nem os reflexos da complexidade urbana sobre sua saúde. Pouco se fala em "ecologia urbana". Os debates se restringem aos ecossistemas de áreas remotas, sem abranger os efeitos da degradação do meio ambiente das cidades sobre a saúde física e mental do homem. Este é o ponto central do livro Meio ambiente e saúde: o desafio das metrópoles, que acaba de ser lançado pelo Instituto Saúde e Sustentabilidade.
Com prefácio do médico sanitarista Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho, ex-secretário municipal da Saúde e do Verde e Meio Ambiente, Meio ambiente e saúde: o desafio das metrópoles traz um tema atual, oportuno e preocupante. Ele trata em profundidade dos efeitos da urbanização e da poluição sobre a saúde, considerados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Associação Médica Mundial um dos grandes desafios em saúde do século XXI.
"O local onde as pessoas vivem afeta a saúde e as oportunidades que elas têm para desfrutar uma vida plena, em todo o seu potencial", assegura Paulo Saldiva, médico patologista e professor da Faculdade de Medicina da USP, que coordenou o livro ao lado de Evangelina da M. Pacheco A. de Araujo Vormittag, médica especialista em Gestão de Sustentabilidade e diretora presidente do Instituto Saúde e Sustentabilidade.
"Queremos contribuir para que o conhecimento em Saúde ultrapasse os muros das universidades. O livro cumpre esse objetivo. Ele é fruto do amadurecimento da rica experiência de reunir profissionais e professores de diversas áreas de atuação e integrar o conhecimento das questões de urbanização sob o olhar da Saúde", diz Evangelina Vormittag.
A obra tem autoria compartilhada por 37 especialistas de diferentes áreas do conhecimento: geógrafos, arquitetos, engenheiros e físicos, entre outros, que oferecem aos administradores da Região Metropolitana de São Paulo e, em especial, da cidade de São Paulo uma análise ampla e detalhada dos problemas do meio ambiente urbano e seus impactos.
Esta integração de saberes cria uma plataforma multidisciplinar de discussão dos temas relevantes, para compreender a relação entre saúde e meio ambiente na metrópole paulista.
Esta integração de saberes cria uma plataforma multidisciplinar de discussão dos temas relevantes, para compreender a relação entre saúde e meio ambiente na metrópole paulista.
Meio ambiente e saúde: o desafio das metrópoles integra o Projeto Observatório de Sustentabilidade Urbana para a Megalópole São Paulo – Foco em Saúde, cujo objetivo principal é a criação de um centro de documentação em saúde e sustentabilidade da cidade de São Paulo.
Ficha técnica do livro
Meio ambiente e saúde: o desafio das metrópoles
Editora Ex-Libris
200 páginas
R$ 38,60
Vendas pelo site: http://www.saudeesustentabilidade.org.br/
Meio ambiente e saúde: o desafio das metrópoles
Editora Ex-Libris
200 páginas
R$ 38,60
Vendas pelo site: http://www.saudeesustentabilidade.org.br/
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