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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Brasil é líder mundial no setor de agroenergia


Aproximadamente 48% do total de energia ofertada no país é renovável
Hoje no mundo, 85% da energia consumida vem das fontes não-renováveis, aquelas que se encontram na natureza em quantidades limitadas e se extinguem com a sua utilização. Uma vez esgotadas, as reservas não podem ser regeneradas. Exemplo disso é o petróleo, o gás-natural e carvão. No Brasil, o cenário é diferente. Cerca de 48% do total de energia ofertada no país é obtida de fontes renováveis, como a biomassa, a energia hidroelétrica e os biocombustíveis. Essa posição coloca o Brasil na liderança mundial no setor de agroenergia, além da capacidade que o país tem para ampliar expressivamente a produção de insumos energéticos provenientes da biomassa, tanto por seu vasto território e recursos naturais quanto pela vocação agrícola e florestal.

"Além disso, os avanços obtidos na substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis, como o etanol e o biodiesel, servem de modelo e inspiração para que outras nações sigam caminhos similares na utilização da agroenergia", destaca o chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Frederico Durães. Ele destaca que, em 2006, com o lançamento do Plano Nacional de Agroenergia pelo Ministério da Agricultura, o país se organizou em relação a esse tema, definindo diretrizes de política pública para o negócio de agroenergia do Brasil e impulsionando os esforços público-privados para a agenda da substituição de combustível fóssil e do desenvolvimento sustentável. Como parte das ações do plano, foi criada, em 24 de maio de 2006, a Embrapa Agroenergia.

Durães explica que a unidade é responsável pela coordenação das ações institucionais e um programa de desenvolvimento tecnológico que aperfeiçoam as matérias primas atuais e potenciais do país e a utilização da energia. "Em quase quatro anos de funcionamento efetivo, a Embrapa Agroenergia alinhou perfeitamente sua forma de atuação à do sistema Embrapa, que há 37 anos desenvolve trabalhos de pesquisas com excelência em produção de biomassa", ressalta o chefe-geral da unidade. Nesse sentido, a Embrapa Agroenergia complementa e revigora as pesquisas para fins energéticos já desenvolvidas nas demais unidades da Embrapa, potencializando competências, redes de conhecimento e recursos materiais e financeiros, em busca do cumprimento de sua missão e objetivos.

Nesta quinta-feira, 2 de dezembro, a unidade inaugura a sua sede própria, com modernos laboratórios e plantas-piloto diferenciados para a caracterização e a conversão de biomassa em energia, por contar com facilidades para pesquisa básica e aplicada de processos industriais. "Com as pesquisas realizadas e o conhecimento gerado, a Embrapa pode contribuir na tomada de decisões públicas e privadas com dados técnicos consistentes", afirma Durães. Para ele, estrategicamente, será fundamental que o Brasil amplie a aplicação de recursos em pesquisa, desenvolvimento e inovação, visando saltos de competitividade, incrementando o suprimento de energia proveniente de fontes renováveis e fortalecendo ainda mais a liderança do país na produção de matérias primas de interesse energético, biocombustíveis e coprodutos de elevado valor agregado.

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