Estudos realizados por pesquisadores da UFPA – Universidade Federal do Pará e da UFC – Universidade Federal do Ceará apontam que o Aquífero Alter do Chão, na região Norte do Brasil, pode superar o potencial de volume de água do Aquífero Guarani
A região Norte do país começa a se projetar além da abundância das águas de seus rios e da Floresta Amazônica. Localizado sob os estados do Pará, Amazonas e Amapá, está em estudo o Aquífero de Alter Chão (nome homônimo à região de praias doces ao longo do Tapajós, PA), por uma equipe formada por pesquisadores da UFPA – Universidade Federal do Pará e da UFC – Universidade Federal do Ceará. De acordo com avaliações preliminares, os pesquisadores destacam que pode ter volume superior de água ao Aquífero Guarani, respectivamente de 86.400 Km³ (86,4 quatrilhões de litros) contra 45.000 Km³.
"Os estudos dos primeiros sinais do Aquífero Alter do Chão se remetem aos anos 60, quando havia perfurações da Petrobras, na região. Mas somente no ano passado, nossa equipe iniciou a atual sistematização e levantamento dos dados que estão sendo interpretados", explica Milton Antônio da Silva Matta, geólogo e Doutor em Hidrologia e um dos coordenadores do estudo, que atua como coordenador do Larhima - Laboratório de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da UFPA.
De acordo com o pesquisador, o desafio é se instituir parcerias para que haja financiamento para o prosseguimento dos estudos. "Precisamos fornecer mais dados, para que haja o reconhecimento oficial desse aquífero. Iremos recorrer a parcerias". Em sua avaliação, a iniciativa também apresenta relevância, do ponto de vista social. "Temos a maior reserva de água doce subterrânea do mundo e um patrimônio enorme relativo ao abastecimento de água potável. Isso representa uma reserva estratégica imensa, no contexto mundial".
O pesquisador considera que é preciso haver maior reconhecimento sobre esse patrimônio formado pelo Aquífero de Alter do Chão e pelo Aquífero Guarani, além de outros pouco conhecidos, como o de Pirabas, no Nordeste do Pará. Este último, segundo ele, é reserva estratégica para mais de 50% da população paraense, em uma área com mais de 3,7 milhões de pessoas. No caso do Guarani, Matta reforça que existe um complicado arranjo internacional para sua gestão, devido à sua grande extensão, que ultrapassa as fronteiras brasileiras. "Esse é um outro ponto a favor do Aqüífero Alter do Chão, porque a gestão será mais facilitada por ser exclusivamente nacional e da Amazônia".
Segundo o MMA – Ministério do Meio Ambiente, no Brasil, o Guarani abrange os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e abastece cerca de 500 municípios completa ou parcialmente. No exterior, ainda ocupa áreas na Argentina, Uruguai e Paraguai.
Segundo Silva Matta, de uma maneira geral, a vantagem das águas subterrâneas sobre as superficiais é o fato de serem mais abundantes; terem melhor qualidade físico-química e bacteriológica; maior proteção contra evaporação e facilidade para captação, entre outras.
Um dos motivos para a subutilização dessa fonte, na avaliação do geólogo, é o fato de não ser visível e também por não fazer parte da lógica tradicional das grandes obras contra a seca. "Mas várias cidades, principalmente, dos estados do Amazonas e do Pará, usam essas águas para abastecimento público. Entre elas, estão Manaus, Belém, Santarém e da Ilha de Marajó. Especialmente em Santarém, estamos atualmente trabalhando junto com o Ministério Público do Baixo Amazonas, no projeto de abastecimento de água do município, que deverá ser feito com as águas do Alter do Chão", adianta.
"Os estudos dos primeiros sinais do Aquífero Alter do Chão se remetem aos anos 60, quando havia perfurações da Petrobras, na região. Mas somente no ano passado, nossa equipe iniciou a atual sistematização e levantamento dos dados que estão sendo interpretados", explica Milton Antônio da Silva Matta, geólogo e Doutor em Hidrologia e um dos coordenadores do estudo, que atua como coordenador do Larhima - Laboratório de Recursos Hídricos e Meio Ambiente da UFPA.
De acordo com o pesquisador, o desafio é se instituir parcerias para que haja financiamento para o prosseguimento dos estudos. "Precisamos fornecer mais dados, para que haja o reconhecimento oficial desse aquífero. Iremos recorrer a parcerias". Em sua avaliação, a iniciativa também apresenta relevância, do ponto de vista social. "Temos a maior reserva de água doce subterrânea do mundo e um patrimônio enorme relativo ao abastecimento de água potável. Isso representa uma reserva estratégica imensa, no contexto mundial".
O pesquisador considera que é preciso haver maior reconhecimento sobre esse patrimônio formado pelo Aquífero de Alter do Chão e pelo Aquífero Guarani, além de outros pouco conhecidos, como o de Pirabas, no Nordeste do Pará. Este último, segundo ele, é reserva estratégica para mais de 50% da população paraense, em uma área com mais de 3,7 milhões de pessoas. No caso do Guarani, Matta reforça que existe um complicado arranjo internacional para sua gestão, devido à sua grande extensão, que ultrapassa as fronteiras brasileiras. "Esse é um outro ponto a favor do Aqüífero Alter do Chão, porque a gestão será mais facilitada por ser exclusivamente nacional e da Amazônia".
Segundo o MMA – Ministério do Meio Ambiente, no Brasil, o Guarani abrange os estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e abastece cerca de 500 municípios completa ou parcialmente. No exterior, ainda ocupa áreas na Argentina, Uruguai e Paraguai.
Segundo Silva Matta, de uma maneira geral, a vantagem das águas subterrâneas sobre as superficiais é o fato de serem mais abundantes; terem melhor qualidade físico-química e bacteriológica; maior proteção contra evaporação e facilidade para captação, entre outras.
Um dos motivos para a subutilização dessa fonte, na avaliação do geólogo, é o fato de não ser visível e também por não fazer parte da lógica tradicional das grandes obras contra a seca. "Mas várias cidades, principalmente, dos estados do Amazonas e do Pará, usam essas águas para abastecimento público. Entre elas, estão Manaus, Belém, Santarém e da Ilha de Marajó. Especialmente em Santarém, estamos atualmente trabalhando junto com o Ministério Público do Baixo Amazonas, no projeto de abastecimento de água do município, que deverá ser feito com as águas do Alter do Chão", adianta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário