Vale recebe novos trainees

O mês de novembro marcou o início de uma nova etapa na vida de 27 jovens da região. Eles acabam de ingressar no Programa de Formação Profissional da Vale como trainees em Mineração. A turma de Parauapebas participou de uma Aula Inaugural na quarta-feira, dia 10. Já no dia 12, o evento foi realizado para a turma de Ourilândia do Norte. Eles passarão por três meses em sala de aula, e depois partirão para a fase prática, realizada nas áreas operacionais da Vale, durante 12 meses, podendo ser prorrogada por mais 12 meses.

Esses jovens vão se unir aos 755 trainees que ingressaram no programa só este ano no Pará. O objetivo é suprir a demanda por profissionais qualificados nas áreas de atuação da empresa e, ao mesmo tempo, fomentar o desenvolvimento local nas regiões em que a Vale está presente. Durante o curso, os alunos têm a oportunidade de desenvolver habilidades e produzir conhecimento ao colocarem em prática o aprendizado adquirido em sala de aula, sempre com a supervisão de um profissional e as orientações de um mentor.

E estão enganados aqueles que pensam que trainees são apenas jovens curiosos com muita vontade de aprender, mas ainda sem muito o que contribuir. Apesar de não terem adquirido experiência no mercado de trabalho, muitos deles surpreendem pela criatividade e iniciativa. É o caso do marabaense Lucas Castro, de apenas 20 anos de idade, trainee na unidade da Vale em Carajás.

Com apenas um ano e cinco meses no programa, Lucas deu uma importante contribuição para sua gerência, tornando mais acessíveis as normas de segurança adotadas pela empresa. Ele criou uma cartilha contendo os principais RACs (Requisitos para Atividades Críticas), observados nas atividades da oficina de manutenção de equipamentos pesados, onde realiza suas aulas. Desenvolveu adesivos com símbolos indicando cada procedimento de segurança, para serem colados em locais visíveis nas ferramentas e equipamentos. Utilizada desde junho deste ano por 220 colegas, a cartilha é um instrumento que o trabalhador tem sempre à mão para se lembrar com mais facilidade de todos os cuidados que precisa tomar para exercer a atividade sem riscos.

Geraldo Oliveira, supervisor de Lucas, foi um dos que acreditou na ideia. "É dele todo o mérito. Eu só apoiei e indiquei onde ele poderia conseguir os recursos para colocar o trabalho em prática.", elogia. O gestor acredita que, futuramente, a cartilha possa até se tornar um procedimento padrão em todas as áreas da mina, pois seu uso é universal. "Penso que esse tipo de iniciativa é extremamente positiva, pois segurança é o nosso principal foco aqui na Vale", destaca.

A oportunidade de contribuir para a rotina de trabalho surgiu em 2008, quando os aprendizes passaram a apresentar, no encerramento do curso, que conta com aulas teóricas e práticas, um projeto contendo sugestões de melhorias para sua área de atuação. A sugestão de Lucas é uma das que tiveram o privilégio de ser implantadas. "É uma boa iniciativa da empresa estimular nossa criatividade. Queremos mostrar que somos capazes e podemos contribuir", diz o aprendiz.