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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Custos ainda impedem crescimento


No clássico do cinema dos anos 1960, A Primeira Noite de um Homem, Dustin Hoffman, que interpreta um jovem recém-saído da faculdade, é assediado por uma mulher de meia idade (Anne Bancroft), que lhe assopra a palavra do futuro: plásticos.

Caso o filme fosse refeito hoje, a palavra seria: bioplásticos. Como parte de uma tendência global crescente, os plásticos biodegradáveis feitos a partir de plantas, ou bioplásticos, estão sendo usados em tudo, desde sacos de batatas fritas e embalagens de maquiagem, corpos descartáveis e recipientes de alimentos.

Companhias como Cargill, NatureWorks, Proctor & Gamble, Johnson & Johnson, e Paper Mate introduziram produtos que incorporam embalagens de bioplástico, que substituem os plásticos derivados do petróleo. E a empresa brasileira Braskem acabou de inaugurar a maior fábrica de biopolímeros do mundo. Tudo isto pode ser muito benéfico para o ambiente, porque a maior parte dos bioplásticos são biodegradáveis, podendo ser compostados, em vez de jogados em depósitos de lixo e lá permanecerem por décadas, comenta o
Celsias.

Dois dos tipos mais promissores de bioplásticos são feitos de açúcar de milho fermentado. Eles incluem o ácido polilático, ou PLA, que é claro e custa cerca de 20% mais que o plástico de petróleo, e o polihidroxialcanato, ou PHGA, que se biodegrada ainda mais rápido, mas tem o dobro do preço do plástico comum. No geral, os bioplásticos podem custar entre 10% e 100% a mais que plásticos tradicionais, e isso é uma das razões de este mercado ser ainda relativamente pequeno.

Outra questão que envolve bioplásticos é que eles precisam de ar para se decompor. Se um utensílio biodegradável for jogado em um depósito de lixo onde há pouco ar, ele pode demorar anos a se degradar. E, combinado à umidade, pode gerar gás metano, o mesmo gás estufa emitido por plásticos de petróleo. Ainda, alguns bioplásticos não podem ser descartados em centros de reciclagem ou compostagem, já que o PLA não pode ser misturado ao sistema existente de reciclagem, e a maioria das instalações de compostagem recusa qualquer tipo de plástico. 

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