Redirecionamento

javascript:void(0)

sexta-feira, 9 de março de 2012

Vale decide investir em energia eólica

Na foto, Vania Somavilla, diretora-executiva
de RH, Sustentabilidade e Energia da Vale.
Diante da redução do custo da energia eólica no país, a Vale vai investir nessa modalidade de geração para fazer frente ao consumo crescente da companhia nos próximos anos, com a entrada em operação de novos projetos da mineradora. 

O acesso a energia está entre as principais prioridades da companha, que consumiu em 2010 (dado mais recente disponível) o suficiente para abastecer todos os imóveis residenciais da região Nordeste no período de um ano. 

A diretora-executiva de RH, Sustentabilidade e Energia da Vale, Vania Somavilla, disse que já existem "estudos firmes e parcerias negociadas" para a instalação de parques eólicos. Os contratos, porém, não foram fechados ainda. 

O objetivo, diz, é investir numa energia mais limpa, que se tornou competitiva. "Como trabalhamos com a energia como um custo, o preço é, sim, relevante. Ficamos felizes com a evolução da energia eólica." 

Em leilão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) de agosto, o preço da eólica ficou em R$ 99,58 o MW/h, abaixo do valor apresentado pelas térmicas a gás natural (R$ 103,26). 

Somente hidrelétricas, hoje, têm custo inferior ao da energia eólica -no leilão de Belo Monte, por exemplo, o MW/h saiu a R$ 78. 

O preço da eólica caiu graças à expansão dos financiamentos do BNDES em condições atrativas e à entrada de mais fabricantes de equipamentos no país -13 empresas já produzem aerogeradores (aquelas imensas hélices, fincadas em torres). 

Vania Somavilla afirma que a energia eólica e a entrada da Vale no projeto de Belo Monte vão compensar a energia que seria gerada por térmicas a carvão, abortadas do plano de investimento da mineradora em 2011. 

A decisão de abandonar tal fonte de energia no Brasil, afirma, foi por "questões ambientais". 

OUTRAS OPÇÕES
"Existem outras opções [menos poluentes] na matriz energética brasileira", afirmou Vania. 

A empresa, segundo ela, estuda agora apenas construir uma termelétrica a carvão em Moçambique, onde produz o mineral. 

Será, afirma Vania, um projeto "menor" e em parceria, voltado somente para sustentar a necessidade de energia da própria da mina naquele país. 

Segundo Vania Somavilla, a meta da Vale é elevar a produção própria de energia da faixa de atual de 40% para 50% do seu consumo no longo prazo. 

"Não queremos ser 100% autoprodutores. Não somos uma empresa de energia." 

A entrada no consórcio de Belo Monte no ano passado, diz, pouco muda a autossuficiência de 40% da Vale, pois o consumo da empresa crescerá com os novos projetos de mineração. A usina começará a gerar em 2015. 

A Vale absorveu uma participação de 9% que era do grupo Bertin, avaliada em R$ 2,3 bilhões. 

Desse total, R$ 780 milhões foram em aporte direto de recursos e o restante se refere à parcela do empréstimo do BNDES para a construção da usina hidrelétrica assumida pela mineradora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário