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quarta-feira, 14 de março de 2012

UE quer monitorar as emissões das atividades rurais

Comissão Europeia propõe padrões para medir as emissões do uso da terra, o que pode ser considerado como o primeiro passo para incluir os setores agrícola e florestal no EU ETS


Nesta segunda-feira (13), a Comissão Europeia apresentou regras para a mensuração das emissões de gases do efeito estufa para os setores agrícola e florestal. Uma proposta que pode significar que a entrada das atividades do uso da terra e florestais (LULUCF) no Esquema de Comércio de Emissões da União Europeia (EU ETS) não está distante.

“Este é o primeiro passo para incorporar estes setores nos esforços de redução de emissões da UE. Em Durban, todos os países concordaram em buscar maneiras para medir as emissões do LULUCF. A UE está agora apresentando sua proposta para isso”, afirmou Connie Hedegaard, comissária de Ação Climática da UE.

Atualmente, o mercado de carbono europeu engloba a indústria pesada e as geradoras de energia, e possui planos de incluir a aviação a partir de 2013 e a navegação logo em seguida.

As novas regras para as atividades rurais foram encaminhadas para o Parlamento Europeu e para o Conselho Europeu, mas ainda não há um prazo para que tudo seja aprovado e entre em vigor.

As terras utilizadas para a agricultura ou cobertas por florestas respondem por mais de 75% do território europeu e armazenam quantidades enormes de carbono, que pode acabar sendo liberado para a atmosfera em caso de desmatamento ou queimadas.

A UE afirma que aumentar a quantidade de carbono armazenado em apenas 0,1% através da melhoria da gestão das florestas significaria neutralizar as emissões anuais de 100 milhões de carros.
Se a proposta da Comissão for aprovada, cada país deverá detalhar planos de ação para diminuir as emissões dos setores agrícola e florestal.

Além disso, as emissões reais dos biocombustíveis também passariam a valer, já que seriam quantificadas as resultantes da mudança do uso da terra para plantar novas culturas para esse fim.
“A proposta vai contribuir para proteger a biodiversidade e os recursos hídricos, apoiar o desenvolvimento rural e promover uma agricultura mais sustentável”, concluiu Hedegaard.

Fonte: Instituto CarbonoBrasil/Agências Internacionais 

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