Redirecionamento

javascript:void(0)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

ONU encerra Ano da Floresta com homenagem a casal ambientalista brasileiro

No encerramento do Ano Internacional da Floresta, realizado pela Organização das Nações Unidas em Nova York na semana passada, foi feita uma homenagem póstuma aos ambientalistas brasileiros José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo. O casal foi assassinado no Pará em maio de 2011 por sua luta pela preservação da floresta Amazônica. Na ocasião, foi exibido um vídeo sobre a história dos extrativistas e a irmã de Maria do Espírito Santo, Laíssa Santos Sampaio, recebeu uma medalha em nome do casal assassinado.

Eleito pela ONU como “Herói da Floresta”, o diretor do Greenpeace no Brasil, Paulo Adario, se manifestou preocupado com o crescimento da violência na região da floresta, com o aumento de casos de pessoas mortas por tentarem proteger o verde.

Ele próprio, que há 15 anos trabalha pela Amazônia, já foi ameaçado e precisou de proteção. Adario destaca que a violência se espalha principalmente por causa da impunidade que existe no interior da Amazônia. Para o ambientalista, a aprovação do novo Código Florestal pode piorar ainda mais a situação.

Não só os ativistas sofrem com a violência nas áreas que tentam preservar. Muitas vezes, as famílias também são vítimas de ameaça – como os parentes de José Cláudio e Maria do Espírito Santo, que tentam manter sua herança ambientalista.

A premiação póstuma oferecida pela ONU faz relembrar que, no Brasil, de tempos em tempos se somam mais vítimas à lista dos que morreram tentando preservar a natureza, como a irmã Dorothy Stang e Chico Mendes, casos de grande repercussão internacional. A repetição dessas histórias mostra que falta no país uma política que proteja o trabalho dessas pessoas e puna de verdade quem tenta calar as vozes da natureza.

Nenhum comentário:

Postar um comentário