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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Flona de Tapajós ganha relevância global na área de pesquisa

A Floresta Nacional (Flona) do Tapajós, no Pará, consolida-se cada vez mais como uma unidade de conservação (UC) vocacionada para a pesquisa e produção de conhecimentos científicos sobre a biodiversidade da Amazônia. Somente em 2011 a floresta recebeu 103 solicitações de pesquisa em seu interior – um aumento de 115%, em relação ao ano de 2010.

Algumas dessas pesquisas contam com a coordenação de pesquisadores vinculados a instituições estrangeiras e muitas delas geram informações de relevância global como as vinculadas ao Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA), que ajudam a entender os mecanismos que governam as interações da floresta com a atmosfera, tanto em condições naturais (da floresta intacta) como alteradas.

As pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Amazônia Oriental também merecem destaque pela importância que têm para o contexto da economia florestal na Amazônia brasileira. Os resultados gerados são importantes para justificar ecologicamente a aplicação do manejo florestal no bioma, como principal ferramenta para conciliar a geração de renda com a conservação do ecossistema.

FLORA – Entre os diferentes tipos de pesquisas, predominam as relacionadas à flora, em razão da potencialidade da unidade de conservação para a atividade de manejo florestal e, principalmente, pela existência de projetos de manejo florestal no passado e no presente que fomentam novas pesquisas.

Os estudos realizados principalmente pela Embrapa têm enfoque nas espécies com potencial madeireiro, no entanto, diversas instituições realizaram e realizam estudos com objetivo de caracterizar a composição florística da Floresta Nacional do Tapajós.

Inclusive as pesquisas em manejo florestal executadas pela Embrapa Amazônia Oriental são as mais antigas do Brasil e seus resultados foram utilizados, inclusive, para embasar a atual legislação vigente que normatiza o manejo florestal na Amazônia.

FAUNA – Na área de fauna, nos últimos anos, várias pesquisas têm se desenvolvido, dentre elas pesquisas com gavião real (Harpia harpyja) e espécies ameaçadas pela pressão de caça das comunidades, existentes na unidade de conservação. Além disso, algumas pesquisas têm tentado avaliar os impactos da exploração madeireira sobre a fauna existente nessas áreas de manejo florestal.

Os estudos de identificação dos tipos de solo e de caracterização vegetal são sempre utilizados para identificação e escolha de novas áreas de pesquisa e para definir as potencialidades da área para o manejo de seus recursos naturais.

Atualmente, estão em processo de formação grupos de pesquisadores que atuam na Floresta Nacional do Tapajós que tenham afinidade em temas de pesquisa tais como solos, flora, fauna, pesquisas socioambientais, entre outros. A expectativa é de que eles colaborem na revisão do Plano de Manejo da unidade de conservação que deverá ser iniciado ainda em 2012.

FLONA – Criada pelo Decreto nº 73.684 em fevereiro de 1974, a Floresta Nacional do Tapajós possui uma área de aproximadamente 545 mil hectares, localizada no Oeste do Estado do Pará, nos municípios de Belterra, Ruropolis, Placas e Aveiro.

A existência da Floresta Nacional do Tapajós tem representado um diferencial na formação de recursos humanos na região, principalmente na cidade de Santarém/PA – pólo universitário – onde se concentram as principais universidades e faculdades do Oeste do Pará.

As primeiras pesquisas tiveram por objetivo avaliar práticas de manejo e exploração florestal visando desenvolver parâmetros para o uso sustentável dos recursos florestais Amazônicos.

Os projetos de pesquisa instalados garantiram a infraestrutura básica de apoio – como alojamento e internet – que até hoje servem de apoio aos pesquisadores.

Cronologia

1975 - Embrapa instala experimentos em uma área de 70 hectares de floresta de terra firme, situada no km 67 da Rodovia Cuiabá-Santarém e, posteriormente, foram instaladas parcelas experimentais no km 144.

1997 - Instalação do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia – LBA

1999 – Instalação do Projeto Dendrogene e o “Projeto ITTO” (Projeto de Manejo da Florestal Nacional do Tapajós para Produção Sustentável de Madeira Industrial), ampliando as oportunidades de pesquisas

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