Redirecionamento

javascript:void(0)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Especialista discute monitoramento ambiental na Amazônia

O pesquisador da Universidade de Stanford, na Califórnia (EUA), José Manuel Vieira Fragoso, deu palestra nesta sexta-feira (10), no auditório da sede do Instituto chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Brasília, sobre o monitoramento ambiental em larga escala com envolvimento local e indígena para avaliar mudanças na Amazônia.

A palestra foi promovida pela Coordenação Geral de Pesquisa e Monitoramento do ICMBio, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Agência Alemã de Cooperação para o Desenvolvimento (GIZ), no âmbito do Projeto Monitoramento da Biodiversidade in situ com relevância para o clima.

Uma equipe liderada pelo doutor e pesquisador sênior José Manuel Vieira Fragoso implementou um sistema de monitoramento da biodiversidade em florestas tropicais na América do Sul. A pesquisa envolveu populações tradicionais em Roraima e na Guiana Inglesa.

Na palestra, Fragoso ressaltou a importância da colaboração das comunidades indígenas. “Todos os dados do monitoramento foram coletados por técnicos indígenas, selecionados e treinados no local da pesquisa. A única forma de descobrir esse pedaço da Amazônia é trabalhando com os índios”.

Fragoso também abordou aspectos da influência da religião nos povos indígenas e no meio ambiente, a relação da caça e o valor da espiritualidade. A coleta de dados e o sistema de verificação foram adaptados para práticas que levassem em conta fatores culturais. O pesquisador propôs protocolos e melhorias na metodologia para orientar futuras pesquisas e monitoramentos em larga escala.

Ele também destacou que a abordagem participativa pode ser usada em áreas protegidas para beneficiar comunidades locais e gerar dados de alta qualidade e cientificamente rigorosos para apoiar a definição de políticas públicas. Em áreas rurais e remotas do mundo, a grande quantidade de dados ambientais necessários para detectar mudanças em níveis globais e locais, provavelmente, só serão coletadas através da colaboração com comunidades locais.

O estudo começou em 2005 e teve duração de três anos. No período, foram percorridos 43.122 quilômetros em transecções, realizados 84.028 registros de sinais de animais, 48 mil avistamentos de 267 espécies.

Nenhum comentário:

Postar um comentário