Brasil ganha mais duas construções sustentáveis em 2012

A loja Starbucks Brasil localizada no Shopping Rio Sul (RJ) e o edifício da Editora Abril localizado na Marginal Pinheiros (SP) foram os primeiros empreendimentos a receber a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) neste ano. Isso significa que durante sua construção e operação atenderam critérios como eficiência energética, consumo racional de água, gestão de resíduos, uso de materiais reciclados entre outros.

O selo é promovido no país pelo Green Building Council Brasil que vê essas certificações como uma resposta positiva do mercado e a continuação de um crescimento exponencial que vem sendo observado desde 2007. “No ano passado tivemos um crescimento de 143% em empreendimentos em busca do selo LEED e 16 edifícios foram certificados. Os números de janeiro mostram que o conceito entrou na agenda das empresas brasileiras e que esse crescimento poderá ser ainda maior esse ano”, afirma Marcos Casado, gerente técnico do GBC Brasil.

Além da certificação desses dois empreendimentos, o sistema recebeu outros sete registros em janeiro. Isso leva o Brasil a um número acumulado de 42 empreendimentos certificados e 441 em busca do selo. Esses números dão ao país a quarta posição no ranking mundial de construções sustentáveis atrás dos Estados Unidos, China e Emirados Árabes e a frente de países como Canadá, Índia, México e Alemanha. O GBC Brasil projeta fechar 2012 com um número acumulado de 650 empreendimentos em busca da certificação.

A certificação LEED traz diversas vantagens para os empreendimentos, tais como: redução dos custos operacionais em toda a vida útil (água e energia), melhora da qualidade interna (com o aumento da luminosidade, diminuição do uso do ar condicionado), valorização do imóvel, além do reconhecimento da organização na aplicação dos conceitos relacionados à sustentabilidade, que é um grande diferencial de marketing. O consumo de energia é 30% menor, há também redução de até 50% no consumo de água, de até 80% nos resíduos e uma valorização de 10% a 20% no preço de revenda, além de redução média de 9% no custo de operação do empreendimento durante toda a sua vida útil.