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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Amazônia maranhense ameaçada pelo desmatamento

A Amazônia Maranhense Ocupa 26% do bioma amazônico, com uma área de 81.208,40 km², onde já foram encontradas 109 espécies de peixes, 124 espécies de mamíferos, 503 de aves que denotam a imensa riqueza desta área. Além disso, apresenta espécies raras e endêmicas, que atestam a sua importância biológica para o Brasil. A região também possui elevado grau de desmatamento, baixo desenvolvimento humano e aumento gradativo da perda de biodiversidade.

amazonia maranhenseA REBIO Gurupi é a única Unidade de Conservação de proteção integral do estado. Por conta da exploração madeireira e da conversão de parte de sua área em terras agrícolas, é considerada a Unidade de Conservação mais ameaçada de toda a Amazônia.

De acordo com reportagem publicada no site Eco, com informações do Mueseu Goeldi, falta integração entre as pesquisas feitas para a Amazônia maranhense. Por conta da ausência de estudos pouco se sabe sobre a maioria dos anfíbios e répteis da porção amazônica.

Pesquisaodores do Museu disseram ainda que a falta de preocupação com a região é histórica e começa na década de 80, quando a área de floresta no Maranhão começou a ser chamada de “pré-Amazônia”. “Este termo foi criado para passar a ideia de algo que tenha vindo antes da Amazônia com o objetivo de ‘legalizar’ o desmatamento do local como se ali não fosse floresta. Por conta disso em muitos lugares do Maranhão não existe “ciência” por parte da sociedade de que a floresta amazônica existe na região.

Pesquisadores que atuaram na publicação do Goeldi acreditam que a criação deste termo tenha sido uma tentativa de se esquivar do limite de 80% das propriedades rurais amazônicas a serem mantidas como Reserva Legal, enquanto que para áreas de Cerrado este limite cai para 50%.

Outra tentativa de aumentar o desmatamento da floresta no Maranhão veio em 2009, quando ruralistas se uniram em uma campanha para a retirada do Estado da Amazônia Legal.

Eloísa Neves Mendonça, analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), explica que o órgão tem “buscado aproximação com instituições para a conscientização de ONGs, sociedade civil, associações produtivas, assentamentos e produtores rurais para ações de conscientização à respeito da importância da região”.

O ICMbio espera, com isso, diminuir ações predatórias nesta que é considerada a porção mais importante de floresta amazônica remanescente no Maranhão e cuja área já teria sido pelo menos 25% desmatada.

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