Nesta quarta (15) e quinta-feira (16), 15 famílias do entorno da área em que a mineradora Imerys extrai caulim, em Ipixuna do Pará, no nordeste do estado, estão sendo capacitadas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) para melhorar o processamento de mandioca, o principal cultivo da agricultura familiar na região, recebendo orientações sobre questões sanitárias e de classificação de tipos de farinha.
O treinamento, ministrado pelo técnico agrícola Enéas de Andrade, do escritório local da Emater em Castanhal, faz parte de um convênio de cooperação técnica assinado ano passado entre a Empresa e a Imerys, com o objetivo de, por meio de assistência técnica sobre as cadeias produtivas, compensar socialmente os moradores que foram remanejados das suas propriedades ou cujas atividades rurais sofrem impacto pela mineração.
O convênio abriga 35 famílias de quatro comunidades: Cajueiro, Raul dos Santos, Aparecida e Cajueirinho. Com o apoio da Emater, os agricultores começaram a diversificar a produção, ultrapassando o limite dos meros plantio e beneficiamento da mandioca e da pesca artesanal no rio Capim e experimentando piscicultura e horticultura orgânica. O cultivo de tambaqui em tanques-rede e em tanques escavados e a instalação de hortas comunitárias e escolares aumentaram as perspectivas de renda das famílias e o interesse por qualificação contínua. “As famílias estão se profissionalizando, superando a condição de produção apenas para subsistência”, diz o engenheiro agrônomo Pedro Rodrigues, chefe do escritório local da Emater em Tomé-Açu, jurisdição vizinha que responde pelo atendimento às comunidades.
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