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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

São Paulo deixa de fornecer sacolas de plástico a partir de quarta-feira

Na quarta-feira, pelo menos 80% dos supermercados do Estado de São Paulo deixarão de fornecer sacolas plásticas para seus clientes. Caixas de papelão e sacolas retornáveis são as opções mais comuns oferecidas pelas redes. Quem quiser, também poderá adquirir sacolas biodegradáveis por cerca de R$ 0,20. 

A iniciativa de tirar as sacolas dos caixas é fruto de um acordo entre a Associação Paulista dos Supermercados (Apas) e o governo do Estado de São Paulo. Preferiu-se este caminho à adoção de uma lei. "Optamos pelo diálogo com o setor", afirma o secretário do Meio Ambiente, Bruno Covas. "O acordo é voluntário por parte das redes." Ele recorda que algumas cidades, como Jundiaí, chegaram a aprovar legislações para proibir as sacolas, que depois foram julgadas inconstitucionais. 

Para ambientalistas e gestores públicos, a medida tem um importante valor simbólico. Apesar das sacolas só representarem uma pequena parcela do volume total de lixo descartado, elas têm o mérito de trazer para o cotidiano das pessoas a preocupação com a sustentabilidade, aponta Fernanda Daltro, gerente de consumo sustentável do Ministério do Meio Ambiente. "As pessoas aprenderão a separar o lixo seco do úmido, que é o que realmente precisa da sacola plástica para não fazer sujeira." 

Outro lado 

"Essa lei foi aprovada por interesse econômico (dos supermercados) e não ambiental ou social", critica Miguel Bahiense, presidente da Plastivida, entidade que representa institucionalmente o setor dos plásticos. Ele estima em R$ 500 milhões a economia das redes com a restrição. "Vão repassar essa economia para os clientes? Duvido." 

Ligia Korkes, gerente de Sustentabilidade do Grupo Pão de Açúcar - dono da rede homônima e do Extra -, afirma que o dinheiro obtido com a economia das sacolas plásticas e com a venda das sacolas retornáveis será revertido para ações de sustentabilidade do grupo.

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