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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Comperj investe em solução inovadora para aproveitamento da água nas atividades industriais

Um dos principais empreendimentos da história da Petrobras, o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) terá o maior projeto de reúso de água do país. A solução inovadora consistirá no aproveitamento do efluente tratado da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) Alegria para uso como água industrial. Com a ocupação de 45 km² no município de Itaboraí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, o empreendimento será composto por unidades de refino e petroquímicas, que têm previsão de operação a partir de 2013.

O projeto de reúso de água do Comperj prevê uma vazão de 1.500 litros por segundo, quantidade equivalente ao consumo de uma cidade de 750 mil habitantes. Caberá à Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) o investimento na implantação do projeto, e à Petrobras, o pagamento da tarifa pelo fornecimento de água.

“A Petrobras está consciente da importância da água para suas atividades e dos problemas decorrentes da crescente escassez e degradação da qualidade desse recurso. Por isso, investe no desenvolvimento de projetos relacionados ao uso racional da água em suas instalações”, explica o gerente geral de Implantação do Comperj, Heyder Carvalho.

O sistema, que será constituído a partir de uma Estação de Produção de Água Industrial (Epai) na ETE Alegria, da Cedae, compreende um duto submarino de 17 km de extensão, para levar a água proveniente de esgoto tratado da ETE Alegria, no Caju, até o armazenamento intermediário na ETE São Gonçalo. Também faz parte do sistema uma estação de bombeamento, que levará a água por mais 32 km até a entrada do Comperj, em Itaboraí. A água fornecida servirá principalmente para processos de geração de vapor e resfriamento.

Atualmente a ETE Alegria realiza tratamento primário e secundário, removendo parte da carga orgânica do esgoto recebido. A Epai, a ser construída, será responsável pela produção de água industrial com as características requeridas pelo Comperj.

Recursos hídricos serão preservados

De acordo com o gerente geral do Comperj, a Petrobras estudou várias opções para o abastecimento de água para o Comperj e optou pela utilização de água proveniente de esgoto tratado para o abastecimento industrial a fim de evitar a captação de água em mananciais superficiais e subterrâneos. “Com isso, o Comperj não usará em sua operação água potável, que pode ser destinada ao consumo humano e garantirá água para o projeto sem aumentar a pressão sobre os recursos hídricos da região e sem prejudicar o consumo da população“, acrescenta Carvalho.

Além do fornecimento de água de reúso para abastecimento industrial, também haverá fornecimento de água potável para o Comperj. Conforme previsto no convênio firmado em março de 2008, entre Petrobras e Cedae, foi inaugurada a ampliação da ETA de Porto das Caixas, incluindo o sistema de adução, que ampliará a capacidade de produção em 100 litros por segundo. Metade do acréscimo do suprimento de água potável já é ofertada para a população do entorno do Comperj, beneficiando aproximadamente 25 mil pessoas, e a outra metade é fornecida para o abastecimento de água potável do Comperj.

Tratamento e descarte de efluentes do Comperj

O Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) do Emissário do Comperj, atendendo à instrução ambiental, considerou, além de Maricá, outras duas alternativas de descarte na Baía de Guanabara. Após os estudos, a opção Maricá foi indicada pelo EIA como a melhor alternativa do ponto de vista ambiental.

Antes do encaminhamento para o emissário, os efluentes sanitários e industriais serão tratados na estação de tratamento de efluentes (ETE) que será instalada no Comperj. Parte significativa será novamente utilizada dentro do próprio complexo, ao invés de ser descartada.

Todos os parâmetros dos efluentes estarão enquadrados de acordo com as normas ambientais – Resoluções CONAMA Nº 357/2005, Nº 397/2008, NT-202.R-10, NT-213.R-4 e DZ-205.R-6.

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