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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Câmbio favorável é essencial para garantir receita ao agro

O vice-presidente da Sociedade Rural Brasileira Roberto Camargo Ticoulat acredita que governo manterá o dólar entre R$ 1,75 e R$ 1,85. Ele ressalta que dificilmente o veremos a R$ 1,60 como no ano passado.

A baixa acumulada do dólar desde o início de janeiro, que chega a 4%, chama a atenção de exportadores brasileiros. A desvalorização da moeda norte-americana afeta a competitividade dos produtos no Exterior, além de deixar mais baratas as importações.

Em entrevista para o "Canal Rural", o exportador de café e vice-presidente da Sociedade Rural Brasileira Roberto Camargo Ticoulat, afirmou que uma taxa de câmbio favorável é essencial para garantir receita com vendas no mercado externo. Atualmente, a cotação do dólar tem se mantido em R$ 1,76. "A impressão que a gente tem do governo é que ele quer manter uma banda em um nível em torno de R$ 1,75 a R$ 1,85. Só que, do outro lado, nós temos todos os movimentos dos capitais que estão vindo para o Brasil. Então, estamos vivendo exatamente neste momento, depois que fechamos o ano a R$ 1,88. O governo já fala em tomar algumas medidas. O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que R$ 1,60 nós não vamos mais ver ", aponta Ticoulat.

O analista internacional da Cruzeiro do Sul Corretora Jason Vieira diz que uma cotação um pouco menor do dólar não deve provocar grandes problemas aos produtores. Para ele, os preços das commodities estão em um patamar alto e devem se manter assim ao longo do ano. E lembra, ainda, que o governo pode adotar medidas que reduzam a entrada de capital estrangeiro, como fez recentemente, mas afirma que isso pode ser prejudicial para o País. 

"Você começa a gerar no investidor estrangeiro um temor muito grande de risco regulatório. O estrangeiro começar a achar que aqui ele pode colocar dinheiro e as regras mudam a qualquer momento. E nós precisamos deste capital", diz.

Vieira acredita que a cotação da moeda americana passa por um momento de ajuste, depois da forte alta ocorrida nos últimos meses de 2011. Ele ressalta acreditar ser difícil o dólar chegar a R$ 1,60. E acrescenta que a cotação da moeda deve variar de R$ 1,65 a R$ 1,80 e que a volatilidade deve ser menor.

# Assista a entrevista na íntegra clicando aqui.

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