Brasil será o principal exportador de carne bovina

O Brasil será o único país capaz de atender plenamente à demanda por carne bovina no mercado mundial em 2012 segundo relatório do Rabobank. De acordo com o documento, divulgado no final de dezembro de 2011, tanto a arroba do boi gordo quanto o preço da carne bovina deverão registrar recordes este ano, e o Brasil, que é o único país com previsão de aumento da produção entre os principais exportadores de carne bovina, será o maior beneficiado.

Segundo analistas da instituição financeira, os pecuaristas deverão ter maiores margens de lucro nos principais mercados produtores por causa da escassez de oferta. Já os confinamentos e os frigoríficos deverão se preocupar com os maiores preços e a disponibilidade limitada de insumos.

Maurício Nogueira, da Bigma Consultoria, também mantém o otimismo sobre o desempenho da exportação brasileira de carne bovina em 2012. "Rússia, União Europeia e Estados Unidos estão flexibilizando as regras para importação, sinal de que vai faltar carne bovina no mercado mundial”, afirma.

O mercado europeu representará boas oportunidades para os exportadores nacionais. A decisão de deixar com o governo brasileiro o controle da lista Traces é considerada positiva pelo analista. “A crise financeira na UE não afeta o consumo, mas deve prejudicar a produção. Os subsídios devem ser reduzidos, o que aumenta a competitividade da carne bovina brasileira”, analisa.

Oferta de carne bovina em queda nos EUA

Reportagem publicada nesta terça-feira, 23, pelo jornal norte-americano Wall Street Journal afirma que a oferta de carne bovina está reduzida nos Estados Unidos por causa da seca que afetou as planícies do Sul dos País em 2011. Pecuaristas do Texas e de Oklahoma, por exemplo, venderam animais jovens para os confinamentos por que não tinham dinheiro para comprar ração e água suficientes para substituir pastos e bebedouros secos.

De acordo com relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), foram vendidos 1,68 milhão de cabeças de gado para confinamento em dezembro de 2011, queda de 6% em 12 meses.

No varejo, o consumidor norte-americano pagou 10% a mais pela carne bovina. O produto subiu mais do que qualquer outra categoria de alimentos dos EUA em 2011.