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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

AMATA aposta na gestão realmente verde

Você já ouviu falar na AMATA? É bem provável que não. Trata-se de uma empresa que produz madeira certificada, atuando no manejo de floresta sustentável, em plantações de espécies nativas e exóticas e na gestão relacionada ao mercado florestal. Seria talvez só mais uma entre tantas empresas que vêm trabalhando com essa oferta atualmente, mas a AMATA é, na verdade, um dos raros exemplos de empresa realmente verde, por ter “verdejado” todo o seu modelo de gestão, envolvendo todos os stakeholders na cadeia de valor –um modelo que pode ser seguido por muitas outras organizações de negócios, aliás.

Tudo começa por uma conceituação sólida da proposta de valor. O objetivo da AMATA é trabalhar com o que chamam de “contínuo florestal”, que significa só extrair da floresta aquilo que é possível repor. “Nós acreditamos – e nos empenhamos para isso – na capacidade de gerir florestas naturais e plantadas com tecnologias que garantem uma exploração que seja consistente nos âmbitos social, econômico e ambiental”, afirma Roberto Waack, CEO da AMATA, que, diga-se, é uma companhia totalmente brasileira, criada em 2005 e com operação iniciada em 2008.

Não à toa, Waack é membro do board internacional do célebre Forest Stewardship Council – FSC e alcançou este cargo por ter lançado e gerido durante cinco anos o que hoje é um dos maiores projetos de manejo florestal tropical certificado do mundo, integrado a uma das maiores plantações de eucaliptos do Brasil. “Este é um exemplo da consolidação da economia da floresta nativa, transformando uma área de risco em um empreendimento industrial com amplo reconhecimento social e ambiental”, destaca o executivo.

O primeiro passo do trabalho da AMATA, segundo Waack, é o planejamento da área que vai ser explorada e/ou recuperada. “Na sequência é preciso seguir as regras do FSC, ter autorização do Ibama e o endosso das comunidades locais”. Apenas depois da consulta pública e do diagnóstico socioambiental é que as atividades começam, de acordo com o CEO.

Um diferencial da gestão da AMATA é justamente este: envolver os stakeholders ligados diretamente às florestas, ou seja, as comunidades, em todo o processo. Isso significa que a empresa se preocupa ativamente em engajar a comunidade na cadeia de valor do seu negócio, inclusive. Como? Uma das maneiras é com o aproveitamento das sobras de madeira para a confecção de móveis, que lhes geram renda. Além disso, a empresa tem um viveiro para a produção de mudas, que também conta com a participação da comunidade. “Faz parte do nosso modelo promover a conscientização da educação ambiental dentro e fora da empresa”, ressalta.

O CEO destaca ainda que a AMATA trabalha muito a conscientização em relação ao valor estratégico da floresta, objeto de atenção do mundo todo atualmente por causa da ampla discussão sobre clima e recursos naturais. “A floresta voltou a ser algo relevante para a humanidade e precisa ser valorizada por todos: empresas, comunidade, governo e turistas”, alerta.
No Brasil e no mundo
A atividade da AMATA está mais presente na região Norte do Brasil. Há um trabalho de manejo de floresta em Rondônia, trabalhos de plantio nas cidades de Paragominas e Castanhal, ambas no Pará e uma operação que está começando em Itacotiara, no Amazonas. A sede da empresa fica em São Paulo e hoje conta com 120 funcionários, a maioria composta por técnicos e engenheiros florestais.

Além de Waack, a empresa conta com mais dois sócios: Etel Carmona e Dario Guarita Neto. A AMATA também tem inserção no exterior como exportadora, com presença forte no FSC, no qual debate a questão da importação, orientação aos investidores do setor e fóruns de discussão sobre questões ambientais, como a emissão de carbono.

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