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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Pesquisadores descobrem 208 novas espécies na Ásia

Cientistas encontraram 208 novas espécies na região do Grande Mekong, na Ásia em 2010. Segundo a ONG WWF, o achado demonstra a grande e rica variedade de espécies da região, mas afirma que essas espécies correm risco de não sobreviverem devido à perda de habitat, desmatamento, mudanças climáticas, desenvolvimento excessivo e a caça ilegal.

Alguns destaques deste grande achado são o macaco “sem nariz”, encontrado em uma província remota de Mianmar que parece usar um topete e por esta razão foi apelidado de Elvis; a salamandra psicodélica (Cnemaspis psychedelica), chamada assim por suas cores chamativas e o lagarto Leiolepis ngovantrii, compostos só por exemplares femininos que se reproduzem por partenogênese - forma de reprodução assexuada de fêmeas, onde o crescimento e desenvolvimento de embriões ocorrem sem fertilização de um macho.

O macaco “Elvis” de nome científico Rhinopithecus strykeri não tem a protuberância do nariz e quando chove a água entra por suas fossas nasais fazendo-o espirrar sendo, portanto, fácil de ser encontrado na selva pelos habitantes locais, que reconhecem seu espirro. O macaco foi descoberto nas montanhas remotas do estado de Kachin, no Norte da Birmânia.

"Enquanto estas espécies são novas para a ciência, muitas já estão sendo servidas como jantar, lutando para sobreviver em um habitat cada vez mais reduzido ou à beira da extinção", advertiu Stuart Chapman, diretor do Programa da WWF para o Grande Mekong.

Os relatórios do Grande Mekong indicam que 1.068 novas espécies foram identificadas pela ciência, entre 1997 e 2007, na região. Segundo a WWF, a pesquisa também inclui cinco tipos de plantas carnívoras descobertas na Tailândia e Camboja. Especialistas em botânica afirmam que estas plantas podem atrair e se alimentarem de pequenos ratos, lagartos e até algumas espécies de aves.

Na opinião de Chapman, “O tesouro de biodiversidade da região poderá perder-se se os Governos não investirem na conservação, fundamental para garantir a sustentabilidade em longo prazo, tendo em conta as alterações ambientais globais”.

Em outubro, foi anunciada a morte da última fêmea da espécie de rinocerontes de Java. Chapman lamentou a extinção como um indicador trágico da degradação da biodiversidade local devido ao desenvolvimento insustentável.

Ainda este mês, seis líderes [da região] se reunirão na Birmânia para desenvolver uma nova estratégia de cooperação econômica para os próximos dez anos, levando em consideração os benefícios da biodiversidade e os prejuízos de sua perda.

As descobertas foram feitas na região do Rio Mekong, que atravessa seis países: China, Mianmar, Laos, Tailândia, Camboja e Vietnã.

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