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sábado, 10 de dezembro de 2011

Lord Stern pede fim de subsídios a combustíveis fósseis

Se as nações ricas parassem de subsidiar combustíveis fósseis com bilhões de dólares por ano, o dinheiro poderia ser canalizado para ajudar países pobres a desenvolver economias “verdes” e lidar com os efeitos do clima, disse um dos mais importantes economistas do mundo.

Lord Nicholas Stern, ex-economista chefe do Banco Mundial e autor do famoso relatório para o governo trabalhista inglês sobre os custos da mudança do clima, disse ao Guardian que as economias ricas desperdiçam dinheiro e colocam em desvantagem a energia renovável, com políticas fiscais, empréstimos e outros subsídios à indústria do combustível fóssil. Se os governos cortassem esta soma e dedicassem as economias para ajudar os países pobres, isto poderia significar U$ 10 bilhões por ano.

Países desenvolvidos já se comprometeram a ajudar os países pobres desta forma, prometendo U$ 100 bilhões por ano até 2020, e a maior parte do dinheiro viria de um “fundo verde do clima”, o que é tema de debate intenso na conferência do clima da ONU em Durban.

Mas Stern notou que as discussões em Durban focaram quase que apenas nas tecnicalidades de como um fundo poderia ser estabelecido. Houve pouca discussão sobra as somas que precisam ser levantadas, embora dentro de oito anos pelos menos U$ 100 bilhões devam ser canalizados para países em desenvolvimento, se compromissos existentes forem cumpridos.

Além de cortar subsídios a combustíveis fósseis, disse Lord Stern, países desenvolvidos podem levantar o restante com taxas sobre o carbono, leilões de permissão de emissão de carbono, impostos sobre transporte internacional e empréstimos de bancos internacionais de desenvolvimento. As somas envolvidas podem ser viáveis se os países colocarem no lugar as políticas certas, afirmou ele.

“É tudo eminentemente factível. Nós estabelecemos em detalhe nossas estimativas e as políticas para se chegar a elas, se os governos mostrarem vontade política”, disse.

Um imposto sobre o carbono de U$ 25 por tonelada em países desenvolvidos pode levantar até U$ 50 bilhões para o fundo, enquanto que uma taxa sobre emissões de aviação e navegação poderiam levantar outros U$ 10 bilhões, mesmo que os países mantivessem metade da receita para si mesmos, informa o Business Green.

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