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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Fundação Tancredo Neves promove oficina sobre preservação do patrimônio

“Ver adiante, prever o dano ou perigo futuro” é um dos significados originais do termo “preservar”, tema da oficina de “Gerenciamento de risco para patrimônio cultural”, que acontece desde o último dia 5, na Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves.

O curso é ministrado por Ethel Soares, preservadora de acervo bibliográfico do Arquivo Público do Estado, que orienta 23 bibliotecários e outros servidores da Fundação Tancredo Neves a melhor maneira de assegurar o patrimônio da instituição de forma consciente e sem grandes custos.

“O gerenciamento do patrimônio cultural trata de toda parte administrativa de uma instituição por meio de certos procedimentos. É uma questão de se assegurar todo o patrimônio”, afirma Ethel. A ministrante da oficina explica que a chave para o gerenciamento de risco é a observação: é necessário saber identificar os chamados “agentes de deterioração” para conseguir garantir a boa preservação do patrimônio.“Na oficina nós apresentamos dez agentes de deterioração e não apenas levantamos os problemas, mas indicamos as soluções para cada um deles”, comenta a preservadora de acervo.

Ethel defende que as instituições devem possuir políticas para preservações de acervo e normatização de acesso (se o órgão trabalha com materiais raros ou de risco), tanto por parte dos usuários como por parte dos funcionários – e todas essas atitudes nascem da conscientização. Para desenvolver esse pensamento e olhar atento à preservação, os servidores da Fundação Tancredo Neves também passam por uma capacitação prática, aprendendo a identificar in loco a possível presença de agentes de deterioração.

“Entre esses agentes estão a força física, temperatura, umidade e os incêndios. Nós começamos a análise pelo macro, que seria a rua no entorno da instituição, e então subimos pelo prédio, pela sala, pelo acondicionamento, até chegar ao acervo. E não é apenas o acervo da biblioteca, mas sim de todo complexo. É o teatro, o cinema, a galeria, tudo que se refere ao complexo da Fundação Tancredo Neves”, conclui Ethel Soares.

Curso – A oficina “Gerenciamento de risco para patrimônio cultural” é oferecida pelo Arquivo Público do Estado para outras instituições públicas. O Arquivo, nesse caso, funcionaria como um “instrutor” para auxiliar os outros órgãos governamentais a identificar pontos fracos na preservação do patrimônio cultural por meio da capacitação dos servidores.

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