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sábado, 10 de dezembro de 2011

20º Congresso Mundial de Petróleo: novas tecnologias e o futuro da energia

A Petrobras destacou-se durante os quatro dias do Congresso Mundial de Petróleo (WPC, na sigla em inglês) com trabalhos alinhados às últimas tendências da indústria. Muitos deles foram apresentados por jovens profissionais da Companhia, em consonância com uma das características do evento, que ocorreu durante esta semana, em Doha, no Catar: estimular a troca de visões sobre o futuro da energia entre os jovens.

Com a presença do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, o Congresso promoveu o debate “Juventude na Energia do Futuro – Uma Visão dos Diferentes Cenários para o Futuro da Energia e o Impacto na Próxima Geração”.Gabrielli destacou a necessidade de criar equipes com profissionais de diferentes perfis e experiências, para que haja aprendizado dos dois lados. O presidente lembrou que é importante não repetir erros do passado e ter mais cuidado com a sociedade e com o meio ambiente. “O mundo precisa de mais energia, e a juventude precisa combinar o suprimento de energia com a preservação do meio ambiente”, disse.

Gabrielli também foi palestrante na plenária “A relação entre Boa Governança, Responsabilidade Social e Sustentabilidade”. Na ocasião, apontou a necessidade de as empresas se aproximarem de seus públicos. “Qualquer grande companhia tem que se comprometer a dar retorno não apenas aos acionistas, mas à sociedade. É preciso envolver cada vez mais todos os públicos de interesse da Companhia no processo de tomada de decisão através de canais de comunicação”, disse.

Dentro da sessão “Inovação em Upstream,” a gerente de interação rocha-fluido do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), Priscila Moczydlower, apresentou o trabalho Visão de Futuro na Exploração, com duas novidades. Pelo sistema permanente de sísmica 4D no campo de Jubarte, através da leitura do reservatório no tempo (quarta dimensão) será possível gerenciar de forma mais eficaz o reservatório para maximizar a recuperação. É a primeira vez que essa tecnologia é aplicada em águas profundas e o sistema será interligado à plataforma P-57.

Outra inovação apresentada foi a redução no tempo e no custo de perfuração nos poços do pré-sal. Segundo Moczydlower, foi preciso vencer um cenário difícil de profundidade de água e maleabilidade do sal para otimizar o projeto do poço. “A Petrobras já conseguiu uma drástica redução no tempo médio de perfuração de 2009 para 2011 e projetamos reduzir ainda mais o tempo. Uma das pesquisas para alcançar a redução foi a perfuração de três “poços-escola” direcionais que serviram de base para pesquisa: um poço perfurado onshore, o segundo em águas rasas e o terceiro foi o primeiro poço horizontal do pré-sal.

Patrícia Santos, engenheira da área de Gás e Energia, apresentou trabalho sobre matérias-primas não convencionais para a petroquímica. O estudo baseou-se no monitoramento de três fontes: gás não-convencional nos Estados Unidos, etanol no Brasil, e carvão na China. De acordo com Patrícia, esse é um mercado dinâmico e é preciso ter atenção na alteração nos preços das matérias-primas.

Novas Tecnologias

O programa Procap Visão Futuro foi apresentado pelo gerente do Centro de Pesquisas, Orlando Ribeiro, destacando alguns projetos emblemáticos como a perfuração a laser. O projeto, em fase inicial, prevê a emissão de um laser intermitente durante a perfuração, fragilizando a rocha e acelerando o trabalho da broca.

Ribeiro também trouxe para o congresso projetos em estudo na área de nanotecnologia. “Essa é uma área muito promissora que a Petrobras está começando a estudar e com possibilidades quase ilimitadas”, concluiu. Dentre as ideias em pesquisa estão a possibilidade de substituir tubos de aço duplex de alto custo, por tubos de aço normal revestido por uma pintura com nanotecnologia, que seria resistente à corrosão e até com a capacidade de se autoreparar.

Governança e Sustentabilidade

O gerente geral da Petrobras no México, Milton Costa Filho, participou como moderador do debate “Mudança no Papel das Empresas Nacionais de Petróleo (NOCs).” Costa pontuou que a população mundial é de 7 bilhões de habitantes e em algumas décadas chegará a 9 bilhões. “As NOCs são responsáveis por cerca de dois terços das reservas mundiais de petróleo e gás e precisam de um investimento maciço nos próximos anos para garantir o suprimento de energia no mundo”, afirmou.

O gerente também abordou a necessidade que as NOCs têm de se transformar. “A era das companhias nacionais de petróleo está no fim. Estamos vendo o início da era das companhias nacionais de energia (NECs), para atender demandas de transição energética e mudanças climáticas”, disse. Milton Costa Filho foi eleito representante brasileiro no Comitê de Programas do WPC para a próxima edição, em 2014.

A gerente geral de Eficiência Energética e Emissões Atmosféricas da Petrobras, Beatriz Espinosa, apresentou a estratégia da Companhia em relação às mudanças climáticas. Dentre as iniciativas estão investimentos em eficiência energética, energias renováveis e redução de emissões.

A delegação da Petrobras teve outros representantes participando de mesas-redondas e painéis em diversos temas, como novas fronteiras exploratórias, tecnologias onshore e offshore, refino, eficiência energética, sustentabilidade, energias alternativas, governança e mudanças climáticas.

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