Em nota divulgada hoje à tarde (23), a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) determinou a suspensão de todas as operações da multinacional estadunidense Chevron no Brasil. A nota afirma que a medida vale "até que sejam identificadas as causas e os responsáveis pelo vazamento de petróleo e restabelecidas as condições de segurança na área".
Negligência e péssimas práticas
A ANP também negou o pedido da empresa para perfurar novo poço no Campo de Frade para explorar o pré-sal. "A perfuração de reservatórios no pré-sal implicaria riscos de natureza idêntica aos ocorridos no poço que originou o vazamento, maiores e agravados pela maior profundidade".
A nota ainda esclareceu que a decisão "se baseou nas análises e observações técnicas da agência, que evidenciam negligência, por parte da concessionária na apuração de dado fundamental para a perfuração de poços e na elaboração e execução de cronograma de abandono, além de falta de maior atenção às melhores práticas da indústria".
Aplausos e cara feia
O anúncio da medida foi feito durante uma audiência pública na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, com a presença de representantes da ANP, Chevron e Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). A decisão da ANP foi aplaudida pelos deputados.
Alguns conhecidos entreguistas, que sempre defenderam a privatização do setor, não devem ter gostado muito da decisão soberana e altiva da ANP. Na campanha eleitoral do ano passado, o tucano José Serra chegou a negociar com uma diretora da Chevron a entrega do pré-sal, segundo documentos vazados pelo WikiLeaks. "Calunistas" da mídia, como a "massa cheirosa" da Eliane Cantanhêde, também devem ter detestado a "patriotada" do governo federal.
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